A Polícia Civil concluiu nesta quinta-feira (21) o inquérito sobre o assassinato do vigilante João Felipe Alves da Silva, 43 anos, no último dia 11, na zona sul de Porto Alegre. Os dois supeitos, de 21 e 27 anos, foram indiciados por latrocínio (roubo seguido de morte). Eles estão presos na sede do Núcleo de Gestão Estratégica do Sistema Prisional (Nugesp), na Capital, desde o dia 12, quando um juiz de Direito decretou a prisão preventiva dos dois. Agora, o Ministério Público (MP) vai analisar o caso e deve oferecer denúncia.
Silva foi assassinado por volta do meio-dia de 12 de fevereiro, na Rua Professor Ildelfonso Gomes, na Vila Conceição, na Zona Sul , ao tentar impedir um assalto a um entregador. Na ocasião, o vigilante da empresa STV, ao perceber a ação, deu ordem para que três homens deitassem no chão — ele não sabia quem era a vítima do roubo e conseguiu render os criminosos porque alegou estar armado.
De acordo com a Polícia Civil, Silva tentou acionar a STV e a Brigada Militar, mas os homens perceberam que ele não possuía arma e efetuaram os disparos. Ele morreu no local.
Os suspeitos fugiram mas foram presos em flagrante, com a mercadoria do roubo, em Viamão, na Região Metropolitana. Entre os itens roubados, havia livros, almofadas, creatina, whey protein e fraldas. Também foi localizada e apreendida uma arma — um revólver calibre 38, que teria sido usado para balear Silva.
O vigilante foi sepultado em 13 de fevereiro. Ao menos 200 pessoas participaram da despedida, que ocorreu no Cemitério Parque Jardim da Paz, na zona leste da Capital. O vigilante deixou esposa e três filhos.