Os suspeitos envolvidos na morte do vigilante da empresa STV, João Felipe Alves da Silva, de 43 anos, ocorrida por volta do meio-dia desta segunda-feira (11), passarão por audiência de custódia no começo da tarde desta terça-feira (12). Os homens, de 21 e 27 anos, possuem antecedentes criminais e estão detidos no Núcleo de Gestão Estratégica do Sistema Prisional (Nugesp).
Segundo a delegada Vivian do Nascimento, que responde interinamente pela 6ª DP, os documentos que oficializaram prisão em flagrante foram concluídos durante a noite. Eles foram autuados por latrocínio e a Polícia Civil pedirá a prisão preventiva dos envolvidos.
Cinco testemunhas, entre elas o entregador – vítima do assalto – e moradores da região, foram ouvidas durante a tarde e todas reconheceram os atiradores. Silva tentou impedir um assalto ao entregador na Rua Professor Ildelfonso Gomes, na Vila Conceição, na zona sul de Porto Alegre.
O vigilante trabalhava desarmado e sofreu três disparos dos criminosos, que reagiram a abordagem. Ao chegar na rua em que a ocorrência estava em andamento, Silva deu ordem para que três pessoas, entre elas, o motorista e os criminosos, se deitassem no chão para que ele seguisse com a ação.
Ao dar andamento na ação, o vigilante tentou acionar a empresa STV e a Brigada Militar durante, mas os homens perceberam que ele não possuía armamento e atiraram contra a vítima, que morreu no local.
— Ele mandou os três (dois criminosos e motorista) deitarem no chão e eles cumpriram essa ordem. Depois, o vigilante passou a telefonar pedindo apoio para a Brigada Militar e para a empresa deles. E nisso eles perceberam que ele não estava armado. Um deles atirou contra o vigilante. Um dos disparos foi no joelho, outro nas costas e um foi na cabeça — contou.
Os homens fugiram em um gol branco e foram detidos em Viamão, na Região Metropolitana, com a mercadoria. Um deles já havia sido detido por roubo de veículo.
— A Brigada Militar foi atrás e localizou o carro em uma casa, onde foi feita a abordagem. Os itens foram localizados nesta residência. Entre os materiais, por exemplo, tinham livros, almofadas, creatina, whey protein e fraldas. O motorista só tinha feito, inclusive, uma entrega na delegacia. Ele não se feriu — afirmou a delegada.
Um inquérito deve ser remitido pela polícia em até dez dias. Em nota publicada nas redes sociais, a empresa STV lamentou o ocorrido e disse que está prestando apoio à família.