Para fortalecer ações contra organizações criminosas, o Ministério Público (MP) reformulou a estrutura do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), criado em 2010. A partir desta terça-feira (1º), os promotores dedicados a este trabalho terão designação exclusiva, ou seja, não vão mais acumular a função com a rotina do dia a a dia das promotorias. Serão quatro atuando no Interior e mais quatro na Capital.
— A decisão veio da nossa percepção do recrudescimento da atuação dessa criminalidade em várias áreas. E é aí que queremos atuar com prioridade. Não é uma concorrência ao trabalho das forças de segurança, pelo contrário, queremos somar — destacou Luciano Vaccaro, subprocurador-geral para Assuntos Institucionais do MP.
Além dos promotores, policiais civis e militares cedidos ao MP também estarão ligados ao Gaeco de forma exclusiva. Quatro cidades terão núcleos fixos do grupo especializado, contemplando as regiões Sul, Central, Planalto e Serra: Pelotas, Santa Cruz do Sul, Passo Fundo e Bento Gonçalves.
Em Porto Alegre, a Promotoria Especializada Criminal passa a integrar o Gaeco com trabalho focado na própria Capital, na Região Metropolitana e no Litoral Norte. A coordenação do Gaeco ficará a cargo do promotor André Luis Dal Molin Flores.
A meta do MP com a atuação exclusiva dos promotores no grupo é alavancar resultados. Os alvos prioritários são a lavagem de dinheiro, corrupção e crimes relacionados.