Os 10 presos transferidos na manhã desta quarta-feira (13) do Presídio Central, da Penitenciária Estadual de Porto Alegre e da Penitenciária Modulada Estadual de Charqueadas para a Pasc, na Operação Fatura, integram, principalmente, as duas facções que têm promovido ataques e mortes no último mês. Pelo menos seis têm condenações que somam pena de 137 anos de prisão a cumprir.
As autoridades não divulgam os nomes dos suspeitos transferidos, mas GZH apurou que são Fabiano Barbosa dos Santos (Garotinho), Jeison da Silva de Freitas, (MK), Rodrigo Afonso Bandeira dos Santos (Debi ou Rodrigo das Correntes), André Vilmar Azevedo de Souza (Nego André), Edinilson Silva dos Santos (Nito), Marlon de Abreu Azevedo (Milico ou Marlon da V7), Marcos Vinicius Pereira Duarte (Nego Vini), Luan da Silva Chaves (Luan), Rafael Telles da Silva (Sapo) e Anderson Souza Gambini (Gambini).
Apesar de não confirmar a identificação dos presos, a diretora do departamento de Homicídios e Proteção à Pessoal, delegada Vanessa Pitrez, explicou que os alvos da Operação Fatura são lideranças das facções suspeitas da recente onda de violência, com envolvimento em ordens para que cometam assassinatos:
— Essas movimentações são importantes porque tiram eles da zona de conforto, isolam e desmobilizam. É um complemento ao trabalho intenso que vem sendo feito, com a saturação das áreas em conflito e prisões.
A operação
A cúpula da Segurança Pública do Estado deflagrou a Operação Fatura, na manhã de quarta-feira (13), para transferir 10 líderes de facções para a Penitenciária de Alta Segurança de Charqueadas (Pasc). Eles teriam envolvimento no conflito entre grupos criminosos que promoveram mais de 30 atentados com pelo menos 25 mortes na Capital nos últimos dias.
Os apenados foram removidos de três unidades prisionais: do Presídio Central, da Penitenciária Estadual de Porto Alegre e da Penitenciária Modulada Estadual de Charqueadas (Pmec). Três das transferências ocorreram nos últimos dias.
A novidade é que está sendo negociada a instalação de um regime diferenciado, espécie de RDD (regime disciplinar diferenciado), que daria maior limitação aos detentos. Com isso, o isolamento dos presos seria maior, visando evitar o uso de telefones celulares para comandar crimes de dentro da cadeia, por exemplo.