Os criminosos que assaltaram uma agência Estilo do Banco do Brasil, na manhã desta sexta-feira (9), na Avenida Cristóvão Colombo, na zona norte de Porto Alegre, são investigados por outros quatro ataques em quase quatro meses. Todos os casos ocorreram na Capital.
Na manhã desta sexta-feira, os criminosos teriam levado R$ 1,2 milhão da agência, de acordo com ocorrência da Brigada Militar (BM). O titular da Delegacia de Roubos do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), delegado João Paulo de Abreu, não confirma o valor. Por enquanto, ninguém foi preso por participação nesses crimes.
Em um dos casos, em 9 de maio, o alvo também foi uma agência Estilo. Na ação, os criminosos usaram luvas hospitalares e máscaras cirúrgicas que retiraram dos bolsos. Além disso, dois deles estavam com o uniforme de uma empresa de segurança — a mesma que presta serviços ao banco. Um outro criminoso vestia terno e o quarto usava roupas comuns.
Em três dos cinco casos os assaltantes trancaram funcionários e clientes em uma sala. Em um dos crimes, a ação foi frustrada após um vigilante reagir e atirar contra os ladrões, além de entrar em lutar corporal com ele.
A polícia pede a colaboração da população para solucionar os casos. Quem tiver informações pode repassar ao telefone 0800-510-2828, da Polícia Civil.
16 de abril
O alvo dos criminosos foi uma agência do Banco do Brasil na Avenida A.J. Renner, no bairro Humaitá, na zona norte de Porto Alegre. Os criminosos fugiram levando o dinheiro que estava no cofre da instituição.
Conforme o relato de funcionários, os criminosos chegaram na agência antes do horário de abertura, por volta das 9h. Armados, esperaram pelos primeiros trabalhadores para rendê-los no momento em que abririam o banco. Os clientes que chegavam e demais funcionários foram trancados em uma sala.
Ao menos dois ladrões mantiveram os funcionários e clientes rendidos, enquanto outros três retiravam o dinheiro e guardavam em sacos. A ação foi rápida e silenciosa, segundo funcionários.
9 de maio
Pelo menos quatro criminosos armados e com toucas ninja atacaram a agência Estilo do Banco do Brasil, na esquina das ruas Hilário Ribeiro e Padre Chagas, no bairro Moinhos de Vento.
O assalto foi cometido antes do horário de abertura da agência, por volta das 10h. Os criminosos renderam o gerente e os funcionários do banco e os deixaram trancados no andar superior do prédio. A quadrilha conseguiu fugir com dinheiro — a quantia não foi informada — em um Gol prata, em direção à Avenida Cristóvão Colombo.
Antes de fugir, a quadrilha pegou os computadores que armazenavam as principais provas do crime: as imagens do circuito interno do banco. A câmera do condomínio ao lado não flagrou a ação. Não há testemunhas além dos funcionários.
11 de junho
Um vigilante evitou um roubo a banco ao enfrentar dois ladrões que tentavam ingressar no Banco do Brasil da Avenida Protásio Alves, no bairro Rio Branco, zona norte de Porto Alegre. Houve luta corporal e até tiros, mas sem feridos. Os assaltantes fugiram a pé.
Segundo a Brigada Militar, que foi acionada logo após o fato, os ladrões renderam o gerente no momento em que ele ingressava na agência, por volta de 8h, mas foram surpreendidos pela rápida reação do vigilante. Ao perceber que o bancário estava sendo abordado na sala de autoatendimento, ele teria atirado para impedir o roubo e ainda entrou em luta corporal com o criminoso que estava armado.
19 de junho
Oito dias depois, os criminosos voltaram a agir, atacando uma agência do Bradesco na Avenida Farrapos, no bairro São Geraldo. Entre 15 e 20 funcionários do Bradesco foram rendidos à medida que iam chegando para trabalhar antes de o estabelecimento abrir. O cofre e um caixa eletrônico foram violados. Dinheiro foi levado, mas a quantia não foi informada.
De acordo com a Polícia Civil, três criminosos iniciaram a ação por volta das 7h40min. Cerca de uma hora depois, outros dois homens teriam chegado ao local com uma sacola onde estavam as ferramentas usadas no roubo. Todos estavam armados, e um deles usava máscara cirúrgica, afirmam os investigadores. Todos os funcionários foram mantidos reféns em uma sala enquanto a quadrilha recolhia o dinheiro.
Na fuga, por volta das 10h, a quadrilha usou uma Outlander e uma EcoSport, segundo a Polícia Civil. Os dois veículos foram abandonados.