A defesa de Sílvio Rodrigues Fernandes, 44 anos, apontado como o "bruxo" no ritual satânico em que duas crianças teriam sido esquartejadas, em Novo Hamburgo, ingressou com pedido de habeas corpus ainda na última quinta-feira (04), antes de os nomes serem divulgados pela Polícia Civil e de a prisão ser convertida para preventiva. Ainda não há definição sobre o pedido.
A advogada Denise Dal Molin Pellizzoni alega mais de um motivo para pedir a liberdade do cliente. Entre eles, um suposto "abuso religioso" do delegado Moacir Fermino ainda durante as prisões, antes mesmo das declarações polêmicas à imprensa citando "revelação divina". No expediente, ela também reclama de que os advogados de defesa não tiveram acesso aos autos da investigação.
A Polícia Civil sustenta que possui provas periciais e testemunhais e que a crença do delegado não prejudicou a investigação. O juiz que determinou a prisão preventiva também elogiou a apuração policial, dizendo que há provas concretas. Com relação ao acesso aos autos da investigação, o diretor de Polícia Metropolitana, Fábio Motta Lopes, afirma não ter conhecimento de problemas.