Após a polêmica envolvendo a declaração do delegado Moacir Fermino, que disse ter uma "revelação divina" durante as investigações do ritual macabro com morte de duas crianças, em Novo Hamburgo, o juiz Carlos Fernando Noschang elogiou o trabalho da investigação.
Em entrevista ao Gaúcha + na tarde desta segunda-feira (8), o magistrado afirmou que o expediente que pedia a prisão temporária dos suspeitos tinha provas contundentes, com depoimentos de testemunhas e laudos periciais.
— Se verificava um trabalho de investigação bastante dedicado, aprofundado. Não houve, em nenhum momento desse expediente, menção a profetas de Deus — afirma Noschang.
Segundo o juiz, o expediente era volumoso com narrativa contundente. Noschang, que decretou a prisão durante o regime de plantão, ainda acrescentou que foi um dos delitos mais graves que presenciou em 15 anos de carreira.