Uma prestadora de serviços é considerada "testemunha-chave" pela Polícia Civil, na investigação do ritual macabro que resultou na morte de duas crianças. A mulher presenciou, por acaso, parte do ritual em uma obra no bairro Lomba Grande, em Novo Hamburgo, próximo ao local onde partes dos corpos foram encontradas.
De acordo com o diretor de Polícia Metropolitana, delegado Fábio Motta Lopes, a mulher trabalhava no local onde uma das partes do ritual aconteceu. Ela teria retornado à obra para buscar pertences que havia esquecido, quando presenciou a cena.
O depoimento da testemunha foi, inclusive, confirmado por meio de laudos periciais. Ela relatou que havia uma criança com dificuldades de andar e permanecer em pé. Uma das pericias, depois, comprovou que o menino foi alcoolizado durante o ritual.
— Era uma pessoa que não teria nenhum motivo para fantasiar, inventar história — descreve Motta Lopes.
O diretor concedeu entrevista ao programa Gaúcha + para esclarecer a polêmica envolvendo declarações do delegado Moacir Fermino, durante entrevista coletiva nesta manhã.
Nesta tarde, diretores se reuniram com o chefe de Polícia, Emerson Wendt, para avaliar as declarações. Conforme Motta Lopes, o inquérito tem provas testemunhais e periciais que indicam como o crime aconteceu, e que as investigações não foram prejudicadas pela crença pessoal do delegado.