Informações obtidas pela Polícia Civil junto ao Instituto-Geral de Perícias (IGP) apontam que as duas pessoas que foram mortas e tiveram os corpos esquartejados e encontrados dentro de sacos plásticos e caixas de papelão na última segunda-feira (4), no bairro Lomba Grande, em Novo Hamburgo, no Vale do Sinos, eram crianças com idades entre 8 e 12 anos.
Conforme o delegado do Departamento de Homicídios do município, Rogério Baggio Berbcz, a perícia não encontrou registros de digitais com os padrões das vítimas, caminho que era apontando pela polícia como a forma mais provável para descobrir as identidades dos mortos.
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Os exames realizados até o momento mostram que as vítimas eram um menino, com idade entre 8 e 9 anos, e uma menina, com idade entre 10 e 12 anos, e não uma mulher adulta como chegou a ser divulgado após a perícia inicial.
– Estamos conversando com os peritos o tempo inteiro para acelerar as investigações – afirmou o delegado.
O delegado acredita que há duas explicações para o fato das vítimas não terem cadastro das digitais. O primeiro está relacionado as idades das crianças, que poderiam ainda não ter Registro Geral (RG). A outra possibilidade é de que elas tenham sido trazidas de outro Estado e, por isso, o registro não conste no sistema de dados do IGP.
Agora, a investigação pretende acionar a Polícia Federal e os departamentos de investigação de todo o país para procurar por crianças com características semelhantes que tenham desaparecido nos últimos dias.
A polícia também pretende acionar escolas do município em busca de nomes de alunos que possam ter desaparecido. No entanto, conforme o delegado, a greve do magistério está dificultando a troca de informações.
Outro fator que dificulta as buscas é a carência de elementos que levem a suspeitos ou as circunstâncias do crime. Segundo Berbcz, as residências mais próximas ficam a cerca de 700 metros do matagal onde as partes dos corpos foram encontradas. Além disso, não há câmeras de monitoramento na região e nem todos os membros dos corpos foram encontrados. Entre eles, as cabeças que foram separadas dos corpos e poderiam auxiliar nas identificações.
Quem tiver informações que possam ajudar nas investigações podem entrar em contato – telefônico ou WhatsApp – com a polícia por meio do número (51) 984168902.