Correção: o número total de vítimas de chacinas neste ano na Capital é 33, e não 32, como informado entre 18h17 de quarta-feira (27) e 11h47 de quinta-feira (28). O texto já foi corrigido.
Os gaúchos foram acordados sob o impacto de uma chacina na Lomba do Pinheiro, zona leste de Porto Alegre, ocorrida nas primeiras horas da manhã. O crime esteve entre os principais assuntos do dia, na área da Segurança, no site de GaúchaZH.
Eram 5h30min quando oito criminosos armados com pistolas 9 milímetros e .45 desembarcaram de dois veículos escuros na Rua Deputado Adão Preto, antigo Beco da Taquara. Eles invadiram uma casa onde estavam Cristiano Roberto Cavalheiro Cardoso, 42 anos, e Jacqueline da Silva Ramos, 32 anos, que foram os primeiros a morrer. Em outra moradia, ao lado, foram executados Jader da Silva Ramos, 34 anos, Dayane Carolina Haggastron de Araújo, e um homem identificado apenas como Marcelo.
O que aconteceu no limite com Viamão, na periferia de Porto Alegre, não é exceção. A propósito: exceção foi o final o feriado de Natal (o menos violento em sete anos) com apenas seis mortes. Voltando às chacinas, em 12 meses, a Capital registrou oito ocorrências deste tipo. São pelo menos 33 vítimas de homicídios com três vítimas ou mais, conforme levantamento feito pela editoria de Segurança de GaúchaZH e Diário Gaúcho, que monitora assassinatos em 19 municípios da Região Metropolitana.
Em 2016, foram 26 homicídios com três ou mais vítimas, deixando 90 mortos no Estado. Os números colocam o Rio Grande do Sul na vice-liderança de um ranking macabro, perdendo apenas para o Rio de Janeiro. Os dados integram o 11º Anuário Brasileiro de Segurança Pública.
CASO NICOLLE
Outro assunto que chamou a atenção dos leitores foi a divulgação dos áudios de escutas telefônicas que reforçam a suspeita de participação de uma ex-estagiária da Justiça e do namorado dela no desaparecimento da modelo Nicolle Brito Castilho da Silva, 20 anos.
Nos áudios obtidos com autorização da Justiça há conversas da mulher investigada com uma amiga, que no período fazia estágio em um Fórum, entre 1º e 2 de junho, dias que após a morte de Ricardo Sobrinho, 26 anos, e Paola dos Santos, 21 anos, executados no bairro Rincão da Madalena, em Gravataí. Em uma das conversas, suspeita diz para o namorado que está assustada, pois saberia quem matou o casal. A jovem demonstra preocupação com a possibilidade de um envolvimento de Nicolle com o crime ocorrido em Gravataí.
Jovem e bonita, Nicolle foi vista pela última vez em Cachoeirinha, no dia 2 de junho. Para a polícia, a garota foi executada. Até agora, porém, o corpo não foi localizado e ninguém foi apontado como matador da garota. É o principal mistério envolvendo a crônica policial em 2017. Talvez por isso o assunto motive tamanho interesse entre os leitores. Desde que foi publicada, às 11h31min, a matéria da repórter Cris Lopes permanece entre as oito mais lidas de GaúchaZH.