Autoridades chinesas anunciaram que serão proibidos o comércio e o consumo de animais considerados selvagens (não domésticos) como morcegos, cobras e civetas (um pequeno mamífero carnívoro), em uma tentativa de barrar a disseminação do coronavírus. A decisão do Congresso Nacional, divulgada na segunda-feira (24), foi tomada depois de uma suspensão inicial das atividades, em janeiro. As informações são da Agência Reuters.
Cientistas suspeitam que animais transmitiram o coronavírus para humanos, mas ainda não conseguiram comprovar a hipótese. Algumas das primeiras pessoas infectadas visitaram mercados que comercializam esses animais em Wuhan, capital da província de Hubei, epicentro do surto da doença.
A decisão das autoridades chinesas determina que o consumo e a venda ilegais sejam "severamente punidos", bem como a caça e o transporte, com o objetivo de alimentação.
A utilização de animais selvagens para propósitos não alimentícios, incluindo-se aí pesquisas científicas e uso médico, será submetida a rigorosa avaliação, aprovação, inspeção e quarentena.
Acadêmicos, ambientalistas e residentes em território chinês se uniram a grupos internacionais de preservação ao solicitar um banimento permanente do uso desses animais.
Antes do comunicado do governo, comerciantes que vendem legalmente macacos, cachorros, veados e crocodilos, entre outras carnes, relataram à Agência Reuters que planejam retomar suas atividades tão logo os mercados reabram.