O Parque Farroupilha, conhecido como Redenção, ficou alagado devido à chuva que atingiu Porto Alegre nesta quinta-feira (23). A reportagem de GZH neste ponto turístico da Capital e constatou que a água não tem relação com as enchentes do início de maio, e sim com q precipitação das últimas horas.
Em 12 horas, choveu em Porto Alegre o esperado para todo o mês de maio, que foi o mais chuvoso desde 1916. Diversos pontos da cidade ficaram alagados por conta de problemas nas casas de bombas administradas pelo Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae).
O centro do Redenção, próximo do chafariz que fica no meio do parque e do espelho d 'água, é uma das partes mais afetadas do local.
Na Cidade Baixa, que fica próxima à Redenção, os moradores reviveram as cenas do início de maio. Com a forte chuva que caiu sobre Porto Alegre, ruas que já haviam secado na última semana voltaram a ficar alagadas no final da manhã desta quinta-feira (23).
— Nós havíamos acabado de trocar os aparelhos eletrônicos do portão do condomínio, que pararam de funcionar com a enchente. Custou R$ 2 mil. E agora a água está subindo de novo — lamentou Marcel Barbosa, síndico de um condomínio.
Embora a água não tenha atingido o mesmo nível das semanas anteriores, chegando no máximo à altura dos joelhos, desta vez ela veio acompanhada de muito mais lixo.
Conforme pedido pelo Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU), os moradores que haviam sido atingidos pela enchente deixaram seus móveis e utensílios domésticos que foram danificados nas calçadas. E, como não houve tempo de recolhimento de todos os entulhos, foi possível ver resíduos espalhados, boiando sobre a água.
— É a quarta enchente aqui na rua em menos de um ano. A gente não aguenta mais. Na última, pediram para a gente colocar os móveis molhados na rua, mas nem vieram recolher. Está tudo boiando agora. Alguns moradores do térreo nem tinham voltado para casa e agora tem gente que está pensando em ir embora — desabafou Tássia Matos.
Um dos pontos mais alagados foi a Rua Joaquim Nabuco, onde os próprios moradores improvisaram um bloqueio para evitar que veículos tentassem trafegar pelo local.
— Os carros estão passando e estão fazendo ondas. Isso entra nos apartamentos do térreo, que acabaram de limpar tudo. O dono da ferragem nos cedeu uma fita e fechamos a rua, senão o pessoal vai perder o que restou — explicou o comerciante Sandro de Oliveira.