Com a faixa presidencial no peito, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, chegou às 9h08min desta quinta-feira ( 7), à tribuna onde acompanha o desfile do Dia da Independência. Ele participou de um rito militar, e depois se dirigiu ao local no Rolls Royce presidencial acompanhado da primeira-dama, Janja Lula da Silva. A cerimônia é na Esplanada dos Ministérios, em Brasília.
O sistema de som do desfile tocava uma versão da música Epitáfio, seguido de Sobradinho - essa última incluía aplausos no fim da gravação - e outras canções enquanto Lula se deslocava.
Quando o carro se aproximou do destino, o som foi desligado e uma banda marcial passou a tocar o Hino da Independência.
A única fala pública do presidente foi cerimonial. "Autorização concedida", disse ele ao microfone quando o comandante do desfile, de um veículo de guerra blindado, perguntou se a celebração poderia começar.
Na tribuna, Lula se sentou ao lado de Janja, que usa trajes vermelhos na cerimônia. Também está ao lado de Lula o vice-presidente, Geraldo Alckmin. Lula tem conversado ao pé do ouvido com Alckmin e Janja. Também levantou e trocou algumas palavras com José Múcio Monteiro (Defesa), além de acenar para autoridades presentes na tribuna.
Além dele, estão próximos do petista os presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e do Supremo Tribunal Federal (STF), Rosa Weber. Pacheco e Rosa Weber, sentados lado a lado, conversam frequentemente. Há pouca interação entre as autoridades militares e civis.
O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), está em Alagoas.
A tribuna de Lula também abriga ministros como Marina Silva (Meio Ambiente), Rui Costa (Casa Civil), Paulo Pimenta (Secom), Margareth Menezes (Cultura), Camilo Santana (Educação), Renan Filho (Transportes), Jader Filho (Cidades), Juscelino Filho (Comunicações) e Simone Tebet (Planejamento). Márcio França - que deixará o Ministério de Portos e Aeroportos contra sua vontade e assumirá a pasta de Micro e Pequenas Empresas - está no fundo da tribuna. Luciana Santos, que conseguiu se manter no Ministério de Ciência e Tecnologia, aproximou-se de Lula com a cerimônia em andamento.
A cerimônia foi organizada para transmitir uma mensagem de união depois de o ex-presidente da República, Jair Bolsonaro, ter usado as celebrações ao longo de seu governo para tensionar o ambiente político. Lula busca também estreitar a relação com as Forças Armadas, que apoiaram o ex-presidente Jair Bolsonaro.
Com o slogan "Democracia, soberania e união", a celebração do Dia da Independência foi dividida em quatro eixos: "Paz e Soberania", "Ciência e Tecnologia", "Saúde e Vacinação" e "Defesa da Amazônia".
O ministro-chefe da Comunicação Social da Presidência da República, Paulo Pimenta, disse antes do início do desfile que a data representa a devolução ao povo brasileiro do 7 de Setembro, como uma data de toda nação.
- Hoje é dia de devolver ao povo brasileiro do 7 de setembro, como uma data de toda nação, de reafirmar a data de nossa independência, da nossa soberania, da democracia e é o um momento de união e de reconstrução. E das Forças Armadas, enquanto instituições de Estado, as instituições todas funcionando normalmente, para que a gente possa restabelecer o ambiente de normalidade democrática no país.
O tradicional desfile cívico-militar de 7 de setembro, em Brasília, principal evento comemorativo da Semana da Pátria, deve reunir cerca de 30 mil pessoas na Esplanada dos Ministérios, segundo expectativa do governo federal.
Este ano, o slogan da semana é Democracia, soberania e união. As comemorações pela Semana da Pátria tiveram início na sexta-feira (1º) com a abertura da Exposição da Independência, com exposição de equipamentos militares como embarcações, carros de combate, armamentos e aeronaves.
Desfile
Na cerimônia do desfile cívico-militar, entre outras atrações, terá a execução do Hino Nacional, passagem das tropas das Forças Armadas - Marinha, Exército e Força Aérea -, com veículos e aeronaves, apresentação de escolas públicas do Distrito Federal, do Corpo de Bombeiros, além de bandas.
O ponto alto do desfile será a apresentação aérea da Esquadrilha da Fumaça, que encerra a solenidade com uma demonstração acrobática.
Após o desfile, o público presente na Esplanada dos Ministérios poderá conferir uma atração inédita, a Exposição Multimídia, com mostra de equipamentos militares e telões interativos para apresentar à população as atividades e os programas estratégicos desenvolvidos pelas Forças Armadas. A exposição vai até o dia 10 de setembro, sempre das 9h às 17h.
Segurança
Para garantir a segurança das pessoas que assistem ao desfile, alguns itens são proibidos, como fogos de artifício e similares; armas em geral; apontador a laser ou similares; artefatos explosivo; spray e aerossóis; mastros confeccionados com qualquer tipo de material para sustentar bandeiras e cartazes.
Não são permitidos também garrafas de vidro e latas; armas de brinquedo, réplicas, simulacros e quaisquer itens que tenham aparência de arma de fogo; drogas ilícitas, conforme a legislação brasileira; substâncias inflamáveis de qualquer tamanho ou tipo; armas brancas ou qualquer objeto que possa causar ferimentos, mesmo que representem utensílios de trabalho ou cultural, a exemplo de tesouras, martelos, flechas, tacos, tacape e brocas. Também está proibido o uso de drones no espaço aéreo da Esplanada dos Ministérios.
Intervenções no trânsito e revistas serão realizadas, com ações de policiamento e reforço nos atendimentos de emergência e de delegacias específicas para registro de ocorrências.
Lula embarca para a Índia no começo da tarde. Ele vai ao país asiático participar de reunião do G20.