No momento em que decidiu manter sua agenda e não visitar os locais atingidos pela enchente no Rio Grande do Sul, o presidente Lula não tinha dimensão da tragédia. Por isso, segundo auxiliares ouvidos pela coluna, ele avaliou mal o cenário e decidiu que o envio de ministros ao Estado seria suficiente.
A decisão foi tomada na segunda-feira (4) à noite, quando havia a confirmação de uma morte. O impacto das fortes chuvas só foi percebido no dia seguinte, quando as equipes do governo federal chegaram ao Estado.
Em função de compromissos já marcados, a assessoria da Presidência informou que não haveria tempo hábil para organizar a viagem ao Rio Grande do Sul, tendo em vista as exigências da segurança e organização de toda a viagem presidencial.
A agenda desta quinta-feira (7) também não tinha margem para mudanças, segundo o governo. Pela manhã, Lula participa do desfile de Sete de Setembro, em Brasília. O evento é estratégico para o petista no plano de pacificar a relação com as Forças Armadas, e ganhou peso simbólico nos últimos anos por ter sido utilizado como instrumento de força política pelo ex-presidente Jair Bolsonaro.
No início da tarde, está previsto o embarque de Lula e sua comitiva para a Índia, onde ele assumirá a presidência do G20.