O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou nesta quarta-feira (1º) o pedido para revogar a prisão preventiva do ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson Torres. A medida foi decretada na investigação sobre os atos golpistas do dia 8 de janeiro.
Na segunda-feira (27), a Procuradoria-Geral da República (PGR) defendeu a manutenção da prisão preventiva de Torres. A PGR afirmou que há "indícios consistentes" contra o ex-secretário e que suas "condutas omissivas" teriam contribuído para a invasão e a depredação dos prédios públicos na Praça dos Três Poderes.
"Permanecem, portanto, inabalados os motivos da decretação de sua prisão preventiva, embasados na garantia da ordem pública, agora robustecidos com os novos elementos de prova", diz um trecho do documento assinado pelo subprocurador-geral da República Carlos Frederico Santos.
Anderson Torres está preso desde 14 de janeiro, quando retornou dos Estados Unidos. O então secretário de Segurança Pública do Distrito Federal estava em Miami quando teve a prisão decretada por Alexandre de Moraes.