O presidente Jair Bolsonaro afirmou a apoiadores, na manhã desta sexta-feira (27), que "todo mundo tem que comprar um fuzil". Segundo o jornal O Globo, a declaração foi dada após o chefe do Executivo ser questionado se iria "parar de brigar dentro das quatro linhas" da Constituição e "partir para o ringue".
— Tem que todo mundo comprar fuzil. Povo armado jamais será escravizado. Eu sei que custa caro. Daí tem um idiota que diz: "Ah, tem que comprar feijão". Cara, se não quer comprar fuzil, não enche o saco de quem quer comprar — disse.
Mantendo a posição de confronto com outros poderes, Bolsonaro afirmou que não pode sofrer interferências de outros entes da Federação.
— Não quero interferir do lado de lá, nem vou, mas precisam me deixar trabalhar do lado de cá. Está difícil governar o país dessa forma — declarou, desferindo novos ataques indiretos, ainda, a ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).
— Não pode um ou dois caras estragar a democracia no Brasil. Começaram a prender na base do canetaço, bloquear redes sociais. Agora o câncer já foi para o TSE. Temos que colocar um ponto final nisso — afirmou, em referência à decisão do corregedor-geral do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luis Felipe Salomão, que fez o YouTube suspender repasses a canais bolsonaristas investigados por propagar desinformação e por transformar a ideologia política e os ataques a instituições em um mercado lucrativo.