Daniel Feix
Repórter da Folha de S.Paulo, Patrícia Campos Mello, 45 anos, ocupa o terceiro lugar no ranking mundial da One Free Press Coalition dos “10 casos mais urgentes de jornalistas sob ataque”. À frente dela, estão apenas Chen Qiushi, chinês que desapareceu ao mostrar ao mundo a então incipiente epidemia de coronavírus em Wuhan, e Daler Sharifov, perseguido ao abordar religião e política no Tajiquistão. Patrícia vem sendo alvo de ameaças, inclusive de morte, há menos de dois anos, quando começou a assinar reportagens sobre desinformação no Brasil – e revelou esquemas de disparos massivos de fake news difamatórias por parte de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro. Sua saga é contada em detalhes no recém-lançado livro Máquina de Ódio – Notas de uma Repórter sobre Fake News e Violência Digital” (Cia. das Letras) e relembrada, em alguns de seus episódios mais duros e reveladores, na entrevista a seguir.