Durante a abertura de um seminário na Câmara sobre as Forças Armadas, o deputado federal Eduardo Bolsonaro defendeu que "a diplomacia sem armas é como música sem instrumentos", atribuindo a citação ao rei Frederico II, da Prússia. De acordo com informações do G1, o evento — ocorrido na Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional — foi proposta em um requerimento apresentado pelo próprio parlamentar.
— Diplomacia e defesa são faces da mesma moeda. Instrumentos de exercício da soberania nacional e da garantia da autonomia em nosso relacionamento externo. Não por acaso essa Casa resolveu unir os temas afetos à diplomacia e à defesa em uma única comissão, a qual tenho orgulho de presidir. O próprio Frederico II (antigo rei da Prússia) conhecido como o Grande, disse, certa vez: "Diplomacia sem armas é como música sem instrumentos" — afirmou o deputado.
A fala ocorre no momento em que é esperada a indicação do deputado federal para o cargo de embaixador do Brasil em Washington. A formalização do pedido deve ser feita pelo presidente da República Jair Bolsonaro nos próximos dias.
Na sexta-feira (9), os Estados Unidos (EUA) oficializaram seu aval para a indicação. No dia 30 de julho, o presidente americano Donald Trump elogiou a escolha do deputado para o cargo.
Aqui no Brasil, Eduardo ainda precisará passar por uma sabatina na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado e ter o nome aprovado no plenário da Casa.
Forças Armadas
Durante o discurso desta manhã, Eduardo apontou que, diante de"um sentimento generalizado de insegurança", "é importante a sinergia entre a diplomacia e defesa", mas "esperando sempre que o diálogo prevaleça".
O deputado afirmou que a defesa nacional também é responsabilidade dos cidadãos e defendeu o armamento da população.
— O senso comum aponta quase sempre para as Forças Armadas como sendo as únicas instituições com encargo de prover a defesa nacional. Se essa é a missão precípua do braço armado da sociedade, não é menor a responsabilidade de todos os cidadãos pela defesa nacional, uma vez que a sobrevivência do Estado e da própria sociedade exigem o empenho de todos — disse.
— Um país pacífico não é um país desarmado. Cito como exemplo a Suíça, que tem uma grande concentração de armas nas mãos dos seus cidadãos e de nenhuma maneira é vista como um país não pacífico — acrescentou.