O governo brasileiro foi informado nesta quinta-feira (8) que os Estados Unidos deram aval para a indicação de Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) como embaixador em Washington.
A consulta feita pelo Itamaraty foi enviada no final de julho ao Departamento de Estado americano, que deu retorno positivo ao Brasil após cerca de duas semanas.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, elogiou a escolha do deputado para a embaixada do Brasil em terras norte-americanas em uma entrevista no dia 30 de julho. Na ocasião, Trump declarou que não considerava a indicação de Bolsonaro nepotismo, alegando que "o filho dele o ajudou muito na campanha. O filho dele é excelente. Eu acho que é uma ótima indicação".
De acordo com o jornal Folha de S.Paulo, o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, foi informado do aval americano. Agora, o presidente Jair Bolsonaro deve fazer a indicação formal do filho mais novo para o posto.
Próximos passos
O nome de Eduardo ainda vai ser submetido à aprovação do Senado. Ele será sabatinado na Comissão de Relações Exteriores da Casa e depois precisa ter a maioria dos 81 votos dos senadores no plenário.
Quase metade dos integrantes do Senado assinou na terça-feira (6) uma proposta de emenda à Constituição (PEC) que, ao vedar a prática de nepotismo na administração pública, impediria a indicação do deputado como embaixador em Washington.
A PEC protocolada nesta terça estabelece que é vedada a nomeação para cargo em comissão ou a designação para função de confiança, no âmbito do mesmo órgão, ou, no caso da administração indireta, da mesma entidade, de cônjuge, companheiro ou parente em linha reta, colateral ou por afinidade, até o terceiro grau.
O texto da proposta também diz que o descumprimento da lei implicará a nulidade do ato e punição por ato de improbidade administrativa.