Jair Bolsonaro está desde domingo (17) nos Estados Unidos, onde se encontra nesta terça-feira (19) com o presidente Donald Trump.
Em território norte-americano, o mandatário brasileiro segue com suas declarações polêmicas — seja por meio de entrevistas ou redes sociais.
Falas sobre o amor declarado ao colega chefe de estado dos EUA, a Venezuela e as já conhecidas críticas à esquerda estão entre os comentários do presidente que ganharam repercussão.
Confira as declarações:
"Parcerias com país livre e próspero"
"Brasil e Estados Unidos juntos assustam os defensores do atraso e da tirania ao redor do mundo. Os quem tem medo de parcerias com um país livre e próspero? É o que viemos buscar!", disse Bolsonaro ao desembarcar nos EUA, na tarde de domingo (17).
Combate ao "comunismo" e ao regime venezuelano
— Aspectos relativos ao antigo comunismo não podem mais imperar nesse ambiente que nós vivenciamos — afirmou em jantar no domingo (17) na embaixada do Brasil.
— O regime venezuelano faz parte de uma organização internacional chamada Foro de São Paulo que esteve próximo de conquistar o poder no Brasil — declarou Bolsonaro ao lado de Donald Trump em entrevista coletiva na terça (19).
— Temos de resolver a questão da nossa Venezuela. A Venezuela não pode continuar na maneira em que se encontra. Aquele povo tem de ser libertado. A acreditamos, e contamos, obviamente, com apoio norte-americano, para que esse objetivo seja alcançado — declarou durante assinatura do Acordo de Salvaguardas Tecnológicas (AST), segunda-feira (18), em Washington.
Quando perguntado se apoiaria uma eventual intervenção militar norte-americana na Venezuela, Jair Bolsonaro afirmou que algumas das estratégias são "secretas".
— Tem certas questões, que, se você divulgar, deixam de ser estratégia. É uma questão de estratégia. Tudo que tratarmos aqui será honrado. Mas, infelizmente, certas informações, se porventura vierem à mesa, não podem ser debatidas de forma pública — declarou na terça.
Amigo dos Estados Unidos
— Hoje os senhores têm um presidente amigo dos Estados Unidos que admira esse país maravilhoso, e quer, sim, aprofundar, não apenas laços de amizade, bem como as mais variadas negociações. O Brasil tem um potencial enorme, precisamos de bons parceiros. Temos, no mundo todo, alguns bons parceiros, mas acredito que, de forma especial, estou aqui estendendo as minhas mãos, e tenho certeza que Trump fará o mesmo — destacou em discurso, no início da noite de segunda-feira (18), na Câmara de Comércio dos Estados Unidos, na capital norte-americana Washington.
Admiração por Trump
— Eu sempre o admirei. Não vou negar isso. Fui muito criticado por causa disso, mas obviamente não negarei o que penso. Não sou um camaleão. Temos muito em comum (...). Estou disposto a abrir meu coração para ele e fazer o que for em benefício tantos dos brasileiros como dos americanos — revelou em entrevista à FoxNews, na segunda-feira (18).
Críticas à imigração
— Não tenho nada contra homossexuais, mulheres, não sou xenófobo, mas quero manter minha casa em ordem — afirmou em entrevista à emissora americana FoxNews, nesta terça-feira (19).
— Nós vemos com bons olhos a construção do muro (....). A maioria dos imigrantes não tem boas intenções — assinalou na mesma entrevista à FoxNews.
Um Brasil grande e uma América grande
— Juntos, podemos fazer muito e essa essa união, até pela proximidade, Brasil e Estados Unidos, alavancaremos mais ainda não só a nossa economia, bem como os valores que, nos últimos anos, foram deixados para trás. Acreditamos na família, acreditamos em Deus, somos contra o "politicamente correto", não queremos a "ideologia de gênero", queremos um mundo de paz e liberdade — falou em discurso, no início da noite de segunda-feira (18), na Câmara de Comércio dos Estados Unidos, na capital norte-americana Washington.
— Queremos um Brasil grande, assim como Trump e vocês querem uma América grande — pontuou durante discurso, segunda-feira (18), em Washington.
— Hoje o Brasil tem um presidente que não é anti-americano, caso inédito nas últimas décadas. Os Estados Unidos mudaram em 2017, e o Brasil começou a mudar em 2019. Estamos juntos para o bem dos nossos povos. Queremos uma América grande e um brasil grande também — declarou Bolsonaro em entrevista coletiva na terça-feira (19).