O presidente Michel Temer indicou, na noite desta sexta-feira (1º), o nome de Ivan Monteiro como novo presidente da Petrobras. Pouco antes da oficialização, Monteiro assumiu o posto interinamente após Pedro Parente renunciar ao cargo.
— Comunico que, escolhido hoje como interino, Ivan Monteiro, é diretor da Petrobras, será recomendado ao Conselho de Administração para ser efetivado à presidência da Petrobras.
Temer disse que seu governo mantém o "compromisso com a recuperação e saúde financeira da companhia". O presidente destacou que a política de preços da Petrobras — um dos pontos mais criticados da atual gestão — não sofrerá mudanças.
— Portanto, nós continuaremos com a política, que nesses dois anos retirou a empresa do prejuízo e a trouxe novamente para o rol das mais respeitadas no Brasil e no Exterior.
Antes de ser indicado à presidência, Monteiro atuou como diretor executivo da Área Financeira e de Relacionamento com Investidores da petrolífera. Ele também foi vice-presidente de Gestão Financeira e de Relações com Investidores do Banco do Brasil de 2009 a 2015.
Monteiro chegou à Petrobras por influência de Aldemir Bendine, ex-presidente da estatal que chegou a ser preso no âmbito da Operação Lava-Jato. Era um dos executivos do Banco do Brasil que Bendine, ao trocar a instituição financeira pela Petrobras a convite da ex-presidente Dilma Rousseff, levou para a petrolífera.
Pedido de demissão
Na carta em que anuncia ao presidente Michel Temer seu pedido de demissão, Parente sinaliza que a crise provocada a partir da greve dos caminhoneiros teve grande peso em sua decisão.
No documento, Parente afirma que a estratégia adotada pelo governo de interceder no preço do diesel ao consumidor final impõe novas discussões sobre a política de preços da Petrobras, diante das quais sua presença no comando da empresa "deixou de ser positiva".