Se havia alguma dúvida em relação ao desejo de Eduardo Leite de tentar novamente ser candidato a presidente da República, ele se encarregou de desfazê-la na entrevista que concedeu ao Gaúcha Atualidade na manhã desta sexta-feira (20).
Leite disse que se colocou à disposição para ser candidato em 2022 e que agora vai trabalhar para construir uma alternativa entre o PT e o bolsonarismo. Se o candidato será ele ou outro, depende de uma longa negociação, porque há outros nomes na pista.
Convidado por Gilberto Kassab a se filiar ao PSD, Leite disse que em 2025 o PSDB terá de fazer uma reflexão profunda sobre seu futuro. E admitiu a possibilidade de fusão entre os dois partidos.
Em caso de fusão entre PSD e PSDB, Leite precisará disputar a indicação com outro governador. É Ratinho Júnior, do Paraná.
O PSD foi o partido que elegeu o maior número de prefeitos na eleição de 2024. Saiu fortalecido na comparação com PT e PL, mas não tem um líder com popularidade semelhante à do presidente Lula ou do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Para concorrer a presidente em 2026, Leite terá de renunciar ao cargo de governador até o início de abril. Nesse caso, assumirá o vice-governador, Gabriel Souza, que só poderá concorrer à reeleição.
Hoje, Gabriel não é consenso no MDB, mas o partido não tem outro nome competitivo para disputar o Piratini. O prefeito Sebastião Melo garantiu na campanha que não deixará a prefeitura para concorrer à reeleição, mas está umbilicalmente ligado ao PL, que deverá ter Luciano Zucco como candidato.