Líder em todos os cenários das últimas pesquisas de intenção de voto, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está com a situação incerta para 2018. Uma decisão que está nas mãos do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), com sede em Porto Alegre, poderá dificultar a ambição do petista de voltar ao Palácio do Planalto.
Condenado em 1ª instância, aguarda o julgamento do recurso, marcado para 24 de janeiro, cerca de nove meses antes das eleições. Se a condenação for confirmada, Lula poderá ser enquadrado na Lei da Ficha Limpa e impedido de concorrer.
A defesa promete recorrer até a última instância para garantir o nome do ex-presidente na urna eletrônica em 7 de outubro – ele responde a outros seis processos ainda não julgados. Entre seus apoiadores, a cada dia é reforçado o discurso de perseguição política para inviabilizar a candidatura – a alegação é de que não há provas que sustentem a condenação.
– O PT vai com Lula até o fim – afirma o vice-presidente do partido e ministro dos governos Lula e Dilma Rousseff, Alexandre Padilha, negando um plano B.
Mas há opções para uma eventual alteração. O ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad, escolhido como coordenador do programa de governo de Lula em 2018, é visto com simpatia por parte da legenda. Jaques Wagner, ex-ministro de Dilma e ex-governador da Bahia em dois mandatos, também, mas é cotado para o Senado e deve se dedicar à reeleição de Rui Costa no governo baiano.
Para encorpar a chapa, o PT tenta atrair aliados históricos, como PC do B, PDT e PSB. Mas é difícil obter sucesso, pelo menos no primeiro turno. Cada um deles sonha em vencer as eleições com seus candidatos.
Outros tradicionais coligados, como PR, podem fechar parcerias regionais.