Antes mesmo de 1º de janeiro, 2018 já começou no calendário político do Rio Grande do Sul. Embora o horizonte projete incertezas sobre os rumos de quase todos os partidos, está em curso uma gama de maquinações, conchavos, apostas convictas e pretensões ilusórias que muitas vezes escapam à percepção geral, mas são decisivas para o embate pelo voto que irá definir o próximo governador.
Atual inquilino do Palácio Piratini, José Ivo Sartori (PMDB) enfrenta uma dispersão dos aliados que o faz titubear ante a pressão do partido pela tentativa de uma inédita reeleição. No mesmo campo político, PSDB, PTB e PP apresentam candidaturas enquanto flertam uns com os outros em busca de maior envergadura eleitoral.
A oposição, dividida como nunca, busca exibir credenciais à confiança de um eleitor que jamais reelegeu governador e que a cada quatro anos delega comando em rodízio a forças políticas antagônicas. Ao cabo, em 10 meses restará soberano o veredito proferido nas urnas pelo eleitor.
Abaixo, confira como está o cenário eleitoral no RS para 2018:
Após três anos liderando uma ampla aliança à frente do Estado, o governador José Ivo Sartori começa 2018 tentando segurar uma debandada dos apoiadores. Após perder o PDT em abril e o PSDB há uma semana, Sartori agora luta para preservar o PP, dividido entre a candidatura própria e o apoio ao tucano Eduardo Leite.
Os passos dos progressistas são acompanhados de perto por PSDB e PTB. Os dois partidos têm candidatos ao Piratini e consideram o PP peça fundamental por conta da capilaridade da legenda no interior do Estado. Leia mais
Se a base do governo está fragmentada, na oposição o cenário não é diferente. PT, PDT e PSOL terão candidaturas próprias ao governo do Estado, e o PC do B ainda avalia o horizonte político. O PDT é o partido mais adiantado – com Jairo Jorge percorrendo o Estado desde fevereiro.
No PSOL, o candidato será o vereador de Porto Alegre Roberto Robaina, cujo discurso será carregado de críticas ao governo do Estado – sobretudo pela extinção de fundações. Maior partido de oposição, o PT não conseguiu aglutinar as forças de esquerda e deve concorrer com chapa pura, encabeçada por Miguel Rossetto. Leia mais
Disputando espaço entre os partidos da base de sustentação a José Ivo Sartori e a oposição, pelo menos 12 pequenas legendas buscam alguma forma de protagonismo na eleição de 2018. Dez dessas agremiações (PR, PRB, PHS, PSC, Pros, PPS, DEM, PV, SD e PTN) têm mantido reuniões conjuntas, capitaneadas pelo presidente do PR, deputado federal Giovani Cherini.
Ex-presidente do Banrisul, Mateus Bandeira (Novo) será candidato a governador com uma plataforma de defesa do liberalismo. Já no DEM, o deputado federal Onyx Lorenzoni postula o Piratini, mas ainda precisa de apoio para colocar em pé a candidatura. Leia mais