O jornalista Henrique Ternus colabora com a colunista Rosane de Oliveira, titular deste espaço.
Cerca de 500 pessoas participaram da reunião de acolhida organizada pelo PL gaúcho para os prefeitos, vices e vereadores eleitos no pleito de outubro. Realizado no Hotel Embaixador, no Centro de Porto Alegre, o encontro foi organizado com o objetivo de integrar os políticos eleitos e alinhar diretrizes partidárias para os mandatos que começam a partir de janeiro.
O evento, na manhã desta sexta-feira, (22) ocorreu um dia após a conclusão do inquérito da Polícia Federal que indiciou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o presidente nacional do PL, Valdemar da Costa Neto, e outras 35 pessoas, sendo 25 militares e 12 civis, pela organização de um golpe de Estado.
Foi o deputado Luciano Zucco, presidente do partido na Capital e um dos gaúchos mais próximos do ex-presidente, quem saiu em defesa de Bolsonaro. Zucco se intitulou como um "soldado do presidente" e disse que vai "lutar muito" pelo retorno dele em 2026.
— Nós temos um líder que está sendo injustiçado, que está sendo atacado, que luta contra o sistema, mas que elegeu pessoas de coragem, fibra, raça, patriotas, e a ele que nós vamos sempre enaltecer, e no momento certo ele vai logicamente pagar as missões para os seus soldados. Eu sou um soldado do presidente Bolsonaro e vou lutar muito para que ele volte em 2026 — declarou Zucco no evento.
No encontro, Zucco foi apontado pelo deputado Giovani Cherini, presidente estadual do PL, como o futuro governador do Estado. No partido, os dois disputam a preferência pela disputa de uma cadeira ao Senado em 2026, mas Zucco é apontado internamente como o nome favorito ao Piratini.
Coube também aos deputados liderar a gravação de vídeos de apoio a Bolsonaro, nos quais os presentes de pé com as mãos erguidas — em punhos cerrados ou com sinal de "V", em referência ao número 22 do partido — gritaram a plenos pulmões:
— Bolsonaro, estamos contigo!