O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta segunda-feira (7) que as polícias Civis e militares dos Estados e do Distrito Federal, assim como a Polícia Federal (PF) e a Polícia Rodoviária Federal (PRF), apresentem em até 48 horas todas as informações sobre os organizadores, financiadores e líderes dos atos antidemocráticos promovidos por apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL).
As manifestações que atentam contra a democracia defendendo intervenção militar são realizadas em diversas cidades do país, entre elas, Porto Alegre, por inconformismo com os resultados das eleições que deram vitória ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
No despacho, assinado nesta segunda, Moraes ainda determinou que as autoridades policiais encaminhem todas as informações coletadas a partir da identificação dos caminhões e veículos utilizados para bloquear estradas após a divulgação dos resultados das eleições. O ministro ainda cobrou o compartilhamento dos dados do bolsonaristas envolvidos nas manifestações em frente aos quartéis das Forças Armadas.
Os responsáveis pelas forças policiais ainda terão de informar todas as medidas adotadas até o momento para lidar com os bloqueios de rodovias e estradas por apoiadores de Bolsonaro, assim como o que foi feito em relação aos atos em frente aos quartéis das Forças Armadas. Na última sexta-feira (3) a PRF informou ter liberado todos as vias bloqueadas nos Estados. A corporação informou restar apenas 13 pontos de interdição parcial em cinco vias.
Mais cedo nesta segunda, apoiadores de Bolsonaro foram flagrados atacando com pedras um comboio da PRF enviado à cidade de Novo Progresso, no Pará, para desbloquear um trecho da rodovia BR-163.
Em Santa Catarina, um grupo de manifestantes bolsonaristas agrediu agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) que tentavam negociar a desobstrução de um bloqueio na BR-470, em Rio do Sul. Dois policiais ficaram feridos.