Eleito presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), falou à imprensa por volta de 15 minutos, rodeado por seus apoiadores na noite deste domingo (30) na cidade de São Paulo, após vencer o pleito nacional. Lula, que assume o Palácio do Planalto pela terceira vez, agradeceu aos seus correligionários e saudou a união nacional em torno da democracia.
— Primeiro, eu quero cumprimentar os que estão aqui atrás, que tiveram um papel importante nessa campanha. Sobretudo as pessoas que vieram no segundo turno, como a companheira Simone (Tebet), que foi candidata pelo MDB. Nossa companheira Eliziane, a nossa querida senadora do Estado do Maranhão, que nos ajudou muito — afirmou Lula.
O presidente eleito do Brasil pregou a conciliação nacional:
— Meus amigos e minhas amigas. A partir de 1º de janeiro de 2023, vou governar para 215 milhões de brasileiros e brasileiras. E não apenas para aqueles que votaram em mim. Não existem dois Brasis. Somos um único país, um único povo, uma grande nação.
Lula ponderou que a sua eleição "é a vitória da democracia".
— Esta não é uma vitória minha nem do PT. Nem dos partidos que me apoiaram nessa campanha. É a vitória de um imenso movimento democrático que se formou acima dos partidos políticos, dos interesses pessoais, das ideologias, para que a democracia saísse vencedora — afirmou o petista, que apontou que o seu primeiro objetivo é acabar com a fome no país.
Em um segundo turno apertado, Lula superou o atual presidente, Jair Bolsonaro (PL), com 50,9% dos votos válidos, de 99,97% das urnas apuradas. Sua eleição foi confirmada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) às 19h57min, com 98,86% de apuração.
— Quero agradecer de coração ao povo que votou em mim e ao povo que votou no adversário. Quem foi para a urna. Quem se dignou a cumprir com o seu compromisso civilizatório de cidadania, eu quero dar os parabéns. E sobretudo quero dar os parabéns para as pessoas que votaram em mim. Porque eu me considero um cidadão que teve um processo de ressurreição na política brasileira. Porque tentaram me enterrar vivo, e eu estou aqui — declarou Lula.