Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi eleito, neste domingo (30), presidente da República. É a terceira vez que ele assume o Palácio do Planalto — o petista venceu em 2002, sendo reeleito em 2006. O resultado foi confirmado pelo Tribunal Superior Eleitoral às 19h57min, com 98,86% das urnas apuradas.
Lula, 77 anos, superou o atual presidente, Jair Bolsonaro (PL), no segundo turno. No total, ele recebeu 60,3 milhões de votos, consolidando-se como o presidente mais bem votado da história do Brasil em números absolutos.
O presidente eleito quebrou o próprio recorde, registrado em 2006, quando venceu o então tucano Geraldo Alckmin com 58,3 milhões de votos. Desta vez, Alckmin está no PSB e é o vice-presidente eleito. No primeiro turno, disputado em 2 de outubro, Lula fez 57.259.504 votos.
Lula concorreu pela coligação Brasil da Esperança, formada pela Federação FE Brasil (PT, PV e PCdoB), Federação PSOL-Rede, Solidariedade, PSB, Agir, Avante e Pros.
Pela primeira vez, desde que foi instituída a reeleição em 1997, um candidato em mandato presidencial não foi eleito ao disputar o pleito. Fernando Henrique Cardoso (PSDB), Lula e Dilma Rousseff (PT) conseguiram ser reeleitos.
Após a confirmação da vitória, Lula falou à imprensa por cerca de 15 minutos, rodeado por seus apoiadores na cidade de São Paulo. Em seu discurso, ele pregou a conciliação nacional:
— Meus amigos e minhas amigas. A partir de 1º de janeiro de 2023, vou governar para 215 milhões de brasileiros e brasileiras. E não apenas para aqueles que votaram em mim. Não existem dois Brasis. Somos um único país, um único povo, uma grande nação.
O presidente eleito também apontou que o seu primeiro objetivo é acabar com a fome no país. Ainda, Lula ponderou que a sua eleição "é a vitória da democracia":
— Esta não é uma vitória minha nem do PT. Nem dos partidos que me apoiaram nessa campanha. É a vitória de um imenso movimento democrático que se formou acima dos partidos políticos, dos interesses pessoais, das ideologias, para que a democracia saísse vencedora.