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Sem o meia Nenê em boa parte do Campeonato Gaúcho, o técnico Roger Machado começou a temporada com três atacantes. A formação ganhou corpo e se consolidou no Juventude. Contudo, no começo do Campeonato Brasileiro, o treinador surpreendeu e mudou. Desde o compromisso contra o Criciúma, na primeira rodada, o time vinha atuando com dois meias. Nenê e Jean Carlos eram os responsáveis pela criação. Jean ganhou protagonismo com dois gols e se tornou uma peça importante pelo setor de ataque atuando mais pelo lado.
Na quarta rodada do Brasileiro, o técnico Roger Machado foi forçado a deixar de usar a formação com dois meias. Uma lesão na panturrilha tirou Jean de combate. Possivelmente, o atleta também não fique à disposição para enfrentar o Inter, pela terceira fase da Copa do Brasil, no jogo de ida, no Estádio Beira-Rio. Sem a dupla, o treinador voltou aos três atacantes. Marcelinho foi o escolhido na extrema-esquerda contra o Athletico, no empate em 1 a 1. Ele teve a companha de Lucas Barbosa no corredor direito e Erick na função de camisa 9.
— O Marcelinho é um jogador que atuou pelos dois lados e tem uma capacidade de flutuar também como meia. Então, ele podia tanto funcionar como um jogo agudo, tanto fazer as alternâncias de movimentação, porque a equipe do Atlhetico particularmente tem um jogo muito encaixado. Vocês viram em alguns momentos o Alan Ruschel indo por dentro para tentar arrastar alguém e criar movimentações que pudessem os nossos jogadores não receber a bola completamente virada para o nosso gol. Então algumas movimentações que o Marcelinho podia nos dar, que ele tem essa capacidade de flutuar assim como o Kleiton tem — explicou Roger Machado, técnico do Juventude.
OPÇÕES ESCASSAS PARA CRIAÇÃO
Nenê ainda não conseguiu ser decisivo como foi na campanha do acesso à Série A do Brasil. Sem Jean Carlos, o atleta de 42 anos se torna a única opção de criação ao comandante alviverde. Com alternativas escassas, alguns jogadores que estavam sendo pouco utilizados ganharam mais oportunidades, como o atacante Kleiton. Diante do jogo com Athletico, Kleiton fez uma função diferente, como explica Roger Machado.
— A gente não larga a mão de ninguém. E as alternativas que a gente está conseguindo criar na ausência de outros têm correspondido. Na semana inteira eu treinei com o Kleiton entre a ponta e a meia, para na ausência do Jean, jogador que já jogou ali em muitas posições, o Kleiton pudesse nos ofertar essa possibilidade. Ele entrou na ponta, mas com liberdade para flutuar, e foi onde ele criou as grandes oportunidades para fazer o nosso time ir para frente— declarou o técnico, que completou:
— Vamos, por vezes, tendo a sensibilidade de adaptar um jogador ou outro a uma função, e a gente percebe que dentro do nosso momento precisamos de jogadores polivalentes que atuem mais posições. E quando a janela abrir, aí é outra situação. Vamos lá até esse momento ver aqueles jogadores que nos deram o retorno, ou que não deram as posições que a gente pode em algum momento ir ao mercado buscar, mas nesse momento a resposta foi dada.