Está no ar o 33º episódio do Podcast Paixão Ca-Ju. O convidado desta semana é Maurício Grezzana, ex-presidente do Caxias. Ele comandou o clube do dia 5 de novembro de 2015 a 4 de setembro de 2017 e esteve à frente da retomada grená a partir do título da Divisão de Acesso em 2016.
Grezzana estudou violão clássico, depois optou pela arquitetura e também teve essa experiência no futebol ao comandar um clube que estava praticamente fechando as portas por conta das altas dívidas.
— Em 2015, eu comecei a me aproximar do pessoal do clube, justamente porque estava pesado. Aquele ano foi muito difícil. Como patrocinador do clube na época, eu frequentava o clube e eles disseram que provavelmente o Caxias fecharia, porque tinha muitas ações trabalhistas. Chegamos a conclusão de que o caminho era fechar ou radicalizar a gestão. Não aceitamos o fechamento — relembrou Grezzana, que completou:
— Nos reunimos, na minha empresa, em 30 pessoas. Primeiro, era para apoiar a gestão que estava, mas chegamos a conclusão que, ao invés de fechar, tínhamos que tomar conta. Só que difícil, porque a maioria era leigo. Era um grupo de apaixonados e amadores. Naquele momento, eu estava fazendo pós-graduação sobre futebol. Não é meu ramo, sou arquiteto. Eu apresentei para o grupo o projeto da pós e todos queriam colocar em prática.
Maurício Grezzana assumiu a presidência do Caxias depois de um turbulento e medíocre 2015. Ele pegou um clube enfraquecido no futebol, com dois rebaixamentos consecutivos, e com muitas dívidas a pagar. Além da saúde financeira melhor, o objetivo era retornar à elite estadual. Em 2016, o Caxias foi campeão da Divisão de Acesso e venceu o Ypiranga por 3 a 2 em Erechim, sagrando-se campeão da Copa Larry Pinto de Faria.
Em 2017, o Caxias teve a eliminação na semifinal do Gauchão, para o Inter, mas foi Campeão do Interior. O clube ganhou R$ 300 mil e uma vaga na Copa do Brasil. Além da vaga na Serie D de 2018. Neste ano, venceu três clássicos Ca-Ju no Gauchão.
— O jogo mais marcante para mim, como presidente, foi contra o Pelotas na Boca do Lobo. Lá conseguimos a certeza do título da Divisão de Acesso. Uns dias antes, minha mãe faleceu. Lembro bem que fui no ônibus da torcida. Quando o Gian foi bater a falta, eu ajoelhei e pedi para minha mãe — comentou.