O 27º episódio do Podcast Paixão Ca-Ju recebe o goleiro Marcelo Pitol, ex-Caxias. Aos 41 anos, ele está na história do clube grená com participação no título da Divisão de Acesso em 2016 e, em 2017, o título do Interior gaúcho. A segunda passagem, em 2020, começou com o título da Taça Ewaldo Poeta — o primeiro turno do Estadual — e o vice do Gauchão.
No clube, é um dos goleiros com mais partidas na história, com 138 jogos oficiais e 17 amistosos.
— Existe alguns momentos especiais. Foi o acesso no Gauchão. Estávamos jogando a Série D e subimos no Estadual. Aquilo foi marcante. Depois tivemos uma comemoração espetacular. Tivemos o título do primeiro turno do Gauchão. Eu me sinto campeão gaúcho, porque o campeonato parou durante a pandemia. A gente estava numa sequência muito forte. Ninguém ia segurar a gente — comentou.
Marcelo Pitol tem história ligada ao clássico Ca-Ju. Em 2017, participou das três vitórias em cima do maior rival grená.
— O clássico mais marcante foi dentro do estádio do Juventude. Nós ganhamos muito difícil e o Wagner cravou aquela bandeira. Eles falaram muitas coisas, eu também. Foi um dos clássicos mais marcantes da minha vida. Teve briga fora de campo, mas não é legal. Tem que ficar tudo dentro de campo — relembrou.
Em fevereiro de 2020, o Caxias enfrentou o Botafogo pela Copa do Brasil. O clube reclamou de dois lances polêmicos durante a partida e isso gerou muita confusão depois do apito final. A equipe grená reclamou de dois pênaltis não marcados pelo árbitro paulista Lucas Canetto Bellote. Pitol esteve em campo nesse dia.
— O Caxias foi roubado naquele dia. Foi que nem assalto a banco. Impressionante. Foi um dos roubos do futebol. Essa é a verdade. A palavra roubado é muito forte. A gente brinca, mas fomos muito prejudicados. Aquele dia, a arbitragem errou, como um goleiro e um atacante também erram. Foram dois pênaltis claros para nós.
Em abril de 2022, Marcelo Pitol anunciou a aposentadoria. O jogador lançou-se na carreira política. No entanto, após a eleição interrompeu o fim e voltou aos gramados para defender o Brasil-Pel neste ano.
— Vou ser muito sincero. Aquele ano no Caxias, algumas coisas aconteceram. Algumas coisas não me deixaram feliz. Tava acontecendo coisas que me decepcionaram. Tenho muitos defeitos, mas sei o ser humano que eu sou. Acabou que eu recebi um convite da parte politica. Eu sempre me envolvi em muitas coisas. Minha carreira já estava na reta final e recebi o convite. Voltei a jogar, porque foi uma frustração pra mim. A politica é um meio sujo — finalizou.
A segunda temporada do Paixão Ca-Ju Podcast tem o oferecimento do Super Andreazza. Os episódios semanais vão ao ar às quartas-feiras, no site e no aplicativo de GZH, além de nas principais plataformas de áudio, como Spotify e SoundCloud.