Desde que o nome do técnico Celso Roth, 64 anos, começou a ser cogitado como possibilidade no Juventude a expectativa aumenta a cada dia pelo anúncio. Existe um otimismo que o negócio será fechado. No entanto, ainda não há uma oficialização da diretoria alviverde. Roth, conhecido no futebol gaúcho pela inúmeras passagens pela dupla Gre-Nal, está há quase seis anos sem trabalhar na função. O último clube foi justamente o Inter.
O anúncio oficial da chegada ao Alfredo Jaconi não aconteceu porque ainda existe uma negociação financeira em andamento. Assim que confirmar o acerto, a expectativa é que ele já comece os trabalhos nos jogos finais da Série A do Campeonato Brasileiro. Possivelmente, após a confirmação matemática do rebaixamento, algo que pode acontecer na próxima rodada, domingo, quando o Ju recebe o São Paulo. O treinador terá o auxiliar-técnico Beto Ferreira na sua comissão.
— É um nome que está na mesa (de Roth), mas existem outros nomes. Nos próximos dias vamos definir dentro de um processo de convicção do que estamos procurando. Estaremos trazendo alguém porque é nossa opção, não vai vir ninguém por falta de opção — comentou Júnior Chávare, novo executivo de futebol do Juventude.
Outros nomes foram avaliados ou indicados para o Juventude. Entre eles Adilson Batista, do Londrina. No entanto, Celso Roth é a ficha 1 da direção. O treinador tem um perfil de liderança e seria um nome de peso para comandar a equipe. Além disso, a retomada da carreira em um clube que ele conhece seria importante. Roth nunca treinou o Juventude, mas na década de 1980 foi preparador físico do time alviverde com Luiz Felipe Scolari sendo o treinador. Também foi jogador da base alviverde.
— O que eu imagino que move o Celso Roth hoje é a vontade, o desejo e querer fazer. Todos nós sabemos que ele é um cara bem resolvido e viria para cá porque ele quer fazer a diferença. Não há salário possível para pagar no padrão Celso Roth. Ele teria que vir para retomar a carreira profissional. Ele tem carinho pela cidade, tem familiares e tem história aqui. O que motivaria a vinda do Celso seria voltar a trabalhar num clube da vida pessoal e profissional dele — afirmou Chávare.
O Juventude trabalhou nesta temporada com um patamar financeiro para treinador próximo a R$ 90 mil. O valor para uma Série B, na temporada 2023, deve ser próximo disso. Celso Roth está sem trabalhar como treinador desde 2016, quando foi demitido pelo Inter após o empate em 1 a 1 com a Ponte Preta.
Além de Grêmio e Inter, o experiente treinador tem passagens pelo Sport, Palmeiras, Santos, Atlético-MG, Flamengo, Vasco, Cruzeiro, Coritiba, entre outros. Em 2010, foi campeão da Libertadores pelo Inter.