Na tarde do dia 1º de junho de 1987, o técnico uruguaio Juan Mugica e o preparador físico Esteban Gesto se despediam do plantel de jogadores do Grêmio e deixavam seus cargos, após 81 dias de trabalho. Ao mesmo tempo, Felipão, à época treinador do Juventude, chegava ao Estádio Olímpico de maneira despercebida, a bordo de um Chevette metálico, para iniciar a trajetória de um dos treinadores mais vitoriosos na história do clube.
Já no vestiário, ao lado do seu preparador físico no time da Serra, Celso Juarez Roth, Felipão passou aos jogadores as suas ideias e prometeu lutar pela conquista do tricampeonato gaúcho.
– Muito diálogo, treino e compreensão mútua. Esta é a maneira que considero ideal para chegar às vitórias. Precisamos reforçar o grupo de trabalho com mais três ou quatro jogadores.
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Com conhecimento do elenco que teria à disposição, o novo comandante confirmou os 11 titulares que mandaria a campo no seu primeiro coletivo, de olho na partida contra o Inter de Santa Maria, com: Mazaropi, Casemiro, Astengo, Luís Eduardo e Adriano; Bonamigo, Cristóvão e Darci; Caio, Lima e Jorge Veras.
Um dia depois de realizar o primeiro treino, Felipão estreava no Estádio Olímpico, para um público de apenas 5.105 pagantes, com uma vitória de 1 a 0, graças ao gol de cabeça do zagueiro Luís Eduardo, aos 37 minutos do segundo tempo, encerrando o jejum de cinco partidas sem vitórias.
Nas duas primeiras passagens, Felipão conquistou os Campeonatos Gaúchos de 1987, 1995 e 1996; a Copa do Brasil de 1994; a Libertadores de 1995; a Recopa Sul-Americana de 1996 e o Campeonato Brasileiro de 1996. Ao todo, foram 318 jogos, com 152 vitórias, 90 empates e 76 derrotas, com 11 títulos.
Três semanas após a derrota de 7 a 1 da Seleção Brasileira para a Alemanha, na semifinal da Copa do Mundo, Felipão era anunciado como o substituto de Enderson Moreira e retornava à equipe depois de 18 anos. O técnico não ganhou nenhum título e obteve 29 vitórias, 14 empates e 13 derrotas durante o período.
*ZHESPORTES
