O acidente ocorrido na madrugada do sábado (21), em Teófilo Otoni, Minas Gerais, é o maior em número de mortes registrado em rodovias federais desde 2007, segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF).
A colisão foi entre entre um ônibus, um caminhão e um carro de passeio. O condutor da carreta fugiu do local. Conforme a CNN Brasil, ele estava com a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) suspensa e, além disso, o caminhão não poderia circular naquele horário. A polícia pediu a prisão do condutor do caminhão.
De 49 pessoas envolvidas, ao menos 39 morreram.
Veja o que autoridades sabem até o momento e o que ainda é apurado.
Onde e quando aconteceu o acidente:
Segundo o Corpo de Bombeiros de Minas Gerais, o acidente ocorreu na altura do km 285 da BR-116, em Lajinha, distrito de Teófilo Otoni, por volta das 3h30min.
Os veículos envolvidos:
Um ônibus da empresa Emtram, um carro de passeio, e uma carreta carregada com bloco de granito.
O ônibus havia saído do terminal do Tietê, em São Paulo, às 7h de de sexta-feira (20) com destino a várias cidades na Bahia, sendo a última parada no município de Elísio Medrado, a 230 km de Salvador.
As vítimas e a identificação:
Seriam ao menos 49 pessoas envolvidas: 45 estavam no ônibus (44 passageiros e o motorista), três estavam no carro de passeio e um homem, que guiava a carreta e fugiu do local.
Conforme as autoridades, a maior parte das vítimas morreu carbonizada no ônibus, que pegou fogo logo após o acidente. Os ocupantes do carro foram resgatados com vida, mas em estado grave.
A Polícia Civil de Minas Gerais informou que todos os corpos serão identificados no Instituto Médico Legal (IML) na capital Belo Horizonte.
A causa do acidente:
As circunstâncias do acidente estão sendo investigadas pela Polícia Civil de Minas Gerais.
Inicialmente, chegou a ser informado pelo Corpo de Bombeiros que o estouro de um pneu do ônibus teria feito o motorista perder o controle e bater na carreta, que vinha em sentido contrário. Depois, a PRF informou que, no momento em que o ônibus e a carreta se cruzaram na BR-116, possivelmente uma pedra de granito que era transportada pela carreta se soltou e acertou o ônibus, que explodiu em seguida.
Um carro, que vinha atrás da carreta, não conseguiu parar e bateu na traseira dela.
Trechos com velocidade monitorado:
De acordo com apuração da Inter TV, afiliada da TV Globo, exatamente no trecho da rodovia onde ocorreu o acidente havia um radar que limitava a velocidade dos veículos a 60 km/h. Este e outros radares foram removidos recentemente após vencimento do contrato.
Nos últimos dias, ao menos três acidentes com vítimas fatais aconteceram em frente a locais onde os radares existiam, mas foram retirados. De acordo com o DNIT, novos radares serão colocados nos mesmos locais em 2025, com uma nova empresa responsável pela instalação.
Quais eram as condições do ônibus
O ônibus era da empresa Emtram, da Bahia. Em nota, a companhia afirmou que o veículo "estava com sua revisão em dia e pneus novos, além de possuir sistema de monitoramento."
A Emtram disse que colabora na investigação das causas do acidente. "A empresa se solidariza com os familiares e pede que entrem em contato com as unidades mais próximas de suas unidades para atendimento", informou em nota.
O que disseram autoridades sobre o acidente
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lamentou no sábado as mortes provocadas pelo acidente. Em postagem nas redes sociais, Lula afirmou que o governo se coloca à disposição da prefeitura da cidade e da gestão estadual "para tudo o que for necessário".
"Lamento imensamente e envio minhas orações aos familiares das mais de 30 vítimas fatais do acidente em Teófilo Otoni, Minas Gerais. Rezo pela recuperação dos sobreviventes dessa terrível tragédia", afirmou.
O governador de Minas Gerais, Romeu Zema, prestou solidariedade às famílias das vítimas. "Estamos trabalhando para que as famílias das vítimas sejam acolhidas para enfrentar de forma mais humanizada possível essa tragédia às vésperas do Natal, uma data tão significativa para todos", escreveu nas redes sociais.