A pauta da entrevista coletiva do técnico Marquinhos Santos após a derrota do Juventude para o Ceará por 2 a 0 foi a desconcentração dos jogadores no retorno do segundo tempo. Assim como ocorreu nos jogos contra Palmeiras e Athletico-PR, o Ju voltou desligado e sofreu dois gols em poucos minutos, não conseguindo se recuperar na partida. Para o treinador, além de maior cobrança entre os atletas dentro de campo, é necessário que o clube busque um profissional da área de psicologia para auxiliar nestas situações.
— Foram três derrotas com o mesmo cenário. Precisamos conversar mais dentro de campo, os nossos atletas se mobilizando, um com o outro. O futebol deixou de ter essa cobrança entre os atletas, ainda mais na ausência de torcida. Temos que nos preparar melhor para ter um nível de mobilização e cobrança maior, para que a chama de concentração possa estar acesa — comentou Marquinhos Santos, destacando a necessidade do clube buscar um profissional com conhecimento específico para colaborar na solução do problema:
— A gente alerta e os jogadores também, mas é algo que também não passa pelo nosso conhecimento específico. O clube está se reestruturando e precisa de profissionais que tenham esse conhecimento. Por mais que se leia e procure entender, precisamos encontrar mecanismos para buscar a solução do momento de concentração no retorno do intervalo.
Segundo o técnico do Juventude, a comissão técnica alertou os jogadores sobre a forma como o Ceará deveria atacar nos minutos iniciais do segundo tempo, se aproveitando do desgaste físico alviverde.
— Sabíamos que o Ceará forçaria, mas entramos abaixo no segundo tempo. Não é desculpa, mas o forte calor e a umidade baixa fez o time sentir e baixar o ritmo, ainda no primeiro tempo. Os atletas lutaram, conseguimos mexer na intensidade nas trocas até a expulsão. Depois, com um menos, fica difícil correr atrás — comentou Marquinhos Santos.
