O Juventude ficou 13 anos entre os grandes clubes do futebol brasileiro. Um período que ficou marcado na história do clube e na memória do torcedor jaconero. Depois da queda em 2007, o Verdão nunca esteve tão próximo de retornar à elite como nesta temporada. Faltam três jogos para encerrar a Série B e o Ju depende somente de si para conseguir o tão sonhado acesso à Série A.
E para conseguir esse objetivo sonhado por todos os alviverdes, o próximo passo será nesta terça-feira (19), às 19h15min, diante do Avaí, na Ressacada. Além de superar os adversários, será momento de entrega, determinação e de ultrapassar os próprios limites, sejam eles físicos ou emocionais. Só assim o Juventude poderá concretizar o planejamento de retorno à Primeira Divisão nacional.
— Nosso time está muito bem preparado fisicamente. Mostramos isso o campeonato todo. Estamos chegando aqui em condições que a gente nunca perdeu fisicamente em nenhum jogo. Nunca tivemos dificuldade em parte física. A gente chega sim no nosso limite, sim com um desgaste grande, mas para conquistar você precisa deixar o coração e algo a mais dentro de campo — afirmou o técnico Pintado.
A Série B começou em agosto. Então lá se vão cinco meses de jogos intensos, de pressão, de cobrança, de partidas em um curto espaço de tempo, em um calendário extremamente apertado e enxuto por conta da pandemia do coronavírus, que também ocasionou alguns desfalques. O Juventude soube encarar de frente e superou, até aqui, as dificuldades impostas por uma temporada atípica. A equipe não teve grandes problemas físicos durante toda a competição, mas na reta final, como todos os clubes, encara como um desafio para superar o próprio limite.
Tenho certeza que vamos brigar até o final por uma vaga na Série A
WALTER DAL ZOTTO JR.
presidente do Juventude
— Não é só uma questão do Juventude. Todas as equipes estão sentindo a reta final. Eu acho que pesa também o emocional. A competição se afunila e o emocional pesa bastante. Isso também interfere na preparação física. O grupo está unido e focado. Tenho certeza que vamos brigar até o final por uma vaga na Série A — disse o presidente Walter Dal Zotto Jr.
Nesta briga particular para superar o próprio limite físico e emocional, o Juventude demonstrou luta, entrega e muita competitividade na vitória diante do Cruzeiro, no último sábado. No entanto, fora de casa, essa situação oscilou durante a Série B. Será algo para se corrigir.
— Se eu tivesse a solução, já teria solucionado, com certeza. Eu não vejo que nossa equipe não competiu. Eu vejo que nossa equipe teve mais dificuldades de finalizar. Contra o Cruzeiro também, mas fomos cirúrgicos. A gente foi estratégico. Também é possível vencer se defendendo bem. Nem sempre quando se perde tudo é ruim, nem quando se ganha tudo é perfeito — comentou o técnico Pintado.
Adversário com chances
Após o empate do final de semana com o CSA, o Avaí se distanciou da briga pelo acesso. O time catarinense tem seis pontos a menos que o Juventude. No entanto, esse jogo direto pode diminuir essa vantagem alviverde e colocar a equipe de Florianópolis novamente na briga.
— Quem tem condições matemáticas, ainda está brigando e sonhando. O Avaí vai disputar uma decisão, que nem nós. O Avaí vai jogar todas as fichas contra o Juventude, temos que estar cientes disso. Quem tem condições matemáticas, está sonhando. O Juventude está sonhando também como as outras equipes estão. Temos que manter o equilíbrio e não virar o fio em termos de motivação, temos que fazer as coisas como fizemos até agora — analisou o presidente Waltinho.