Atenção, luta e manutenção do trabalho. São os três pilares que irão reger o Juventude do técnico Pintado nas últimas oito rodadas da Série B, ainda mais com a vantagem estabelecida dentro do G-4. É isso que o treinador espera dos seus comandados nesta terça-feira (22), às 16h, diante do Operário. A partida no Estádio Germano Krüger pode ser um presente de Natal para Papada, se o alviverde vencer e os resultados paralelos seguirem favoráveis, poderá abrir ainda mais diferença aos rivais pelo acesso à elite.
Por enfrentar um adversário que encara a partida como uma final de Copa do Mundo para fugir do rebaixamento, Pintado sabe que não terá vida fácil em Ponta Grossa (PR).
— Esse momento final de competição não existe tranquilidade, não pode haver relaxamento e nem se pode esperar facilidade. Temos que lutar contra várias situações, esse é momento de atenção total. Vai ser difícil, o Operário joga pressionando e vai exigir muito de nós. É bom ter a vantagem (na tabela), mas jamais abdicar da nossa competitividade e intensidade para seguir somando pontos — afirma o treinador.
Questionado se um adversário da ponta de baixo da tabela pode ser perigoso nesse momento da competição, Pintado fez questão de lembrar que os times estão mudando suas formas de atuar e impondo mais dificuldades aos líderes. O comandante alviverde lembrou que o Oeste mudou de treinador e melhorou nas últimas partidas, além do Botafogo-SP, que está tirando pontos dos rivais que brigam pelo acesso.
— Eu não olho a classificação na tabela, avalio o desempenho para ver o que iremos enfrentar. A gente avalia com os pés no chão e são equipes que não podemos oferecer reação, porque existe trabalho do outro lado e preocupação por estarem num momento mais delicado da tabela. Eles estão dando a vida para somar pontos. Essa reta final será de muita exigência para todas as equipes — complementa Pintado.
O treinador não deu pistas sobre o time que irá a campo no Paraná. Deixou possibilidade de que irá realizar mudanças por jogadores que estão sentindo a sequência de partidas. A estreia do atacante Rogério é uma possibilidade forte, principalmente a partir da fala do treinador:
— É um jogador importante e estamos ansiosos para que isso aconteça. A gente vai avaliar melhor, conversar com o ele antes da partida. Importante que o Rogério está numa condição física muito melhor de quando chegou e está bastante motivado.
Ainda assim, a preocupação está na forma como o time irá se comportar dentro de campo. As viagens e apenas um dia para descanso pode pesar para um time de jogadores mais experientes. Para o treinador, mesmo que o cansaço seja visível no segundo tempo — não só do Ju, mas de todos os clubes —, o time precisará manter suas características de pressionar e tentar propor as ações da partida.
— Nós temos um padrão e não seria nessas últimas partidas que faríamos isso. Vamos da maneira como chegamos até aqui. Dá confiança para gente fazer bons jogos. É a luta e a entrega de todos que estão trabalhando no Juventude que importam agora — finaliza o treinador.