Inaugurada em 2 de agosto de 1953, a Igreja São Pelegrino ganhou a forma e os ricos detalhes de sua arquitetura interna e externa ao longo de décadas e décadas. Das pinturas de Aldo Locatelli ao relógio floral projetado por Remo Gianella, das portas de bronze de Augusto Murer à Via Lucis de Rogério Baierle, histórias não faltam ao templo nestes 70 anos.
Entre tantas curiosidades sobre o projeto da igreja, desenvolvido pelo arquiteto Vitorino Zani, está o entorno. Mentor de templos religiosos de destaque no RS e na Serra Gaúcha - como as matrizes de Garibaldi e Veranópolis -, Zani e os engenheiros Luiz Leseigneur de Faria e Leovegildo Paiva - além do próprio pároco Eugênio Giordani - teriam planejado uma área contígua bem diferente do que acabou saindo.
Conforme o desenho acima, de 1957, haveria uma escadaria pela Av. Itália (identificando os espaços da Assistência Social) e uma Casa Canônica nada semelhante à antiga residência em madeira que perdurou até meados dos anos 2000 - até a construção da nova, em alvenaria. O croqui , integrante do acervo da Paróquia São Pelegrino, foi reproduzido do livro “Portas de Bronze - Arte, Fé e História”, lançado em 2004 pelo senhor Alvino Melquides Brugalli (in memoriam).
A saber: reconhecido como um dos mais importantes autores de edifícios sacros do RS, Vitorino Zani (1900-1960) projetou apenas uma casa em Caxias: a antiga residência da família de Guerino Sanvitto, na Av. Júlio de Castilhos, 1.989 (atual Colavoro Sanvitto).
CARAVAGGIO, 60 ANOS
Além dos 70 anos de inauguração da Igreja São Pelegrino, 2023 marca o aniversário de outros dois ícones da fé católica local. Falamos dos 40 anos das portas de bronze de Augusto Murer, inauguradas em São Pelegrino em 29 de outubro de 1983, e a entrega oficial do novo Santuário de Caravaggio, em Farroupilha.
A atual igreja foi inaugurada há 60 anos, em 3 de fevereiro de 1963, após 18 anos de obras – na década de 1940, a antiga igreja ficou pequena para o crescente número de fiéis, o que mobilizou o padre Teodoro Portolan, pároco entre 1942 e 1968, a idealizar um espaço maior.