Afora aspectos de organização de campanha de cada pré-candidatura à prefeitura de Caxias do Sul, outro fator que cerca o pleito é a matemática eleitoral. Há uma candidatura, de Maurício Scalco (PL), nitidamente do campo da direita, aglutinando quatro partidos. Ocorre que o prefeito Adiló Didomenico (PSDB) também se diz de direita e aglutina alguns partidos que se consideram de direita. E, no espectro político disponível para a chapa de Felipe Gremelmaier, seu partido, o MDB, é tudo em Caxias, menos de esquerda.
O resultado é que o campo de centro-esquerda fica aberto para a candidatura da deputada Denise Pessôa (PT), de uma aliança de partidos de centro-esquerda. Se isso é, objetivamente, uma vantagem, há a desvantagem muito importante do perfil do eleitorado caxiense, hegemonicamente de direita. Só que esse eleitorado, de perfil menos ou mais à direita, terá de se dividir em três. Esse é o contexto inicial do pleito.