O principal diferencial político no segundo Governo Adiló, em Caxias do Sul, começado nesta quarta-feira, é a presença do vice-prefeito eleito, Edson Néspolo (União Brasil). Dono de uma trajetória pública extensa, com eleições à Câmara de Vereadores ainda nos Anos 90 e que incluíram duas disputas à prefeitura em 2016 e 2020, ele imprime peso político à parceria que comandará Caxias do Sul pelos próximos quatro anos – mesmo que tenha assumido outras funções em Gramado e na iniciativa privada, que de alguma forma o distanciaram do cenário político caxiense no período pós 2020. Na foto acima, na posse do secretariado, já na prefeitura, o prefeito Adiló, a primeira-dama Jussara Canali, o vice Néspolo, a esposa Pamela e o pequeno João Pedro, o primogênito que nasceu em dezembro.
O prefeito Adiló, reeleito, comandará um governo resultado de uma aliança entre seis partidos, outra diferença central em relação ao primeiro governo, quando a chapa era composta apenas pelo PSDB. Por isso mesmo, por essa diferença de perfil político entre um e outro governo, o primeiro escalão terá uma composição mais política do que técnica.
Como administrador, Adiló tem a oportunidade de destrinchar novelas importantes da administração pública e investimentos para os caxienses. Vislumbra-se no horizonte administrativo um acordo para pagamento da dívida histórica e milionária do Caso Magnabosco, o começo da ocupação da Maesa, com a operação do Mercado Público, e o começo das obras do futuro Aeroporto Regional da Serra Gaúcha, uma obra federal, mas que impacta centralmente Caxias e região e depende de iniciativas a serem conduzidas pelo município.
Afora essas demandas históricas, há aquelas relacionadas ao dia a dia e ao planejamento da cidade, que estão a exigir respostas rápidas e assertivas, isto é, certeiras, pois, quanto a elas, há um débito importante da administração municipal com a população: transporte coletivo, zeladoria da cidade, limpeza urbana, filas e espera na saúde.
No seu discurso ao tomar posse, Adiló enfatizou palavras como “diálogo”, “democracia”, “paz social”, “independência dos poderes” e “reconstrução”. As ênfases podem ser entendidas como prioridades e diretrizes que vão permear o governo.