No painel Do projeto ao primeiro voo, realizado pela CIC para tratar sobre o projeto de construção do futuro Aeroporto Regional da Serra Gaúcha, tratou-se também dos acessos ao empreendimento. Ou mais exatamente de um dos acessos, que vai se constituir na RS-466, desde a Rota do Sol, na localidade do Apanhador, até Gramado, com extensão a Canela, no Parque do Caracol, que foi detalhado, em duas opções de traçado, pelo secretário de Transportes e Logística do RS, Juvir Costella (na foto acima). A prefeitura entusiasmou-se e saudou o que definiu como "estadualização" deste acesso ao futuro aeroporto, tanto a partir da Rota do Sol como da Região das Hortênsias.
Ocorre que há outros trechos de vias municipais que devem ficar sob o guarda-chuva dos investimentos do Estado:
– Nós apresentamos (no início de julho) para o governo do Estado um conjunto viário (para ser contemplado com investimentos) – diz a secretária do Planejamento, Margarete Bender.
Na oportunidade, o governo do Estado anunciou interesse em assumir os acessos. Para isso, trechos municipais devem virar rodovias estaduais, com a homologação pelo Daer. Foi o que aconteceu com a 466, detalhada nesta sexta-feira pelo secretário Juvir.
Nesse "conjunto viário" mencionado pela secretária Margarete, também está a ligação entre o distrito de Vila Seca e São Marcos, permitindo uma conexão regional ao aeroporto, e o acesso por meio da revitalização da rodovia que passa por Fazenda Souza, até o futuro aeroporto, em Vila Oliva. Do anúncio desta sexta, ficou parecendo que o acesso a partir de Caxias até o aeroporto se daria pela Rota do Sol, a partir do Apanhador, pois foi o único detalhado, quando o acesso óbvio e mais curto a partir de Caxias é por Fazenda Souza. Mas a secretária Margarete tranquiliza: esse acesso está mantido.
– O governo do Estado recepcionou o conjunto viário que apresentamos. Vai acontecer. (Nesta sexta-feira, na apresentação do secretário Juvir no painel da CIC) Não houve negativa de investimento nessas vias (acesso via Fazenda Souza e ligação entre Vila Seca e São Marcos).
Como será
Segundo a secretária Margarete, o acesso por Fazenda Souza não exige o EVTEA (Estdo de Viabilidade Técnica e Ambiental), pelo estágio e perfil da rodovia. O traçado preliminar diagnosticado se dá pelo contorno sul a Fazenda Souza, por meio de estradas municipais que já existem, para evitar a via urbana do distrito. Atualmente, o percurso já existente é todo asfaltado, porém Margarete informa que, para integrar padrões do Daer, a pista de rolamento tem de ser alargada, com anexos que envolvem segurança viária, como previsão e organização de paradas de ônibus, por exemplo. Ela também lembra que a via terá de ser dimensionada considerando o fluxo de escoamento da produção agrícola da região.
Aeroporto precisa ter estrada
No caso do acesso a partir do Apanhador (a RS-466), detalhado nesta sexta na CIC, o Daer elabora o termo de referência para contratação de Estudo de Viabilidade Técnica e Ambiental (o EVTEA). O custo estimado da rodovia é de R$ 200 milhões. É este acesso que inclui a construção de uma ponte entre Caxias do Sul e Gramado. O governo trabalha com duas alternativas de traçado, ambas com extensão total de 50 quilômetros.
– Não podemos ter aeroporto sem estrada nem estrada sem aeroporto. Depois do EVTEA, que leva de quatro a seis meses, teremos o projeto executivo. Essas estradas estarem concluídas até lá (até a conclusão do aeroporto) – diz o secretário Juvir.