O ex-governador Germano Rigotto (MDB) manteve dois encontros com o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL). O primeiro no domingo, em jantar no Palácio dos Bandeirantes, a convite do governador paulista Tarcísio de Freitas (Republicanos); o segundo, no dia seguinte, em agenda na Associação Comercial de São Paulo, na qual Lira foi palestrante. A percepção de Rigotto é que Lira começa a identificar as dificuldades, como presidente da Câmara, em fazer avançar a proposta de reforma tributária. Há duas PECs: a 45, da Câmara, e a 110, do Senado, que tratam do assunto.
O ex-governador Rigotto alerta sobre “bombardeio contra a reforma” em setores da economia e projeta que a reação vai crescer, diante de medidas de simplificação e do avanço da reforma.
– Ninguém quer perder. O Lira começou a acusar a pressão – traduziu.
Por isso, Rigotto manifestou-se no sentido de estimular Lira a costurar o avanço da proposta na Câmara:
– Presidente, poucos presidentes (da Câmara) tiveram o controle que o senhor tem (da Casa) para conduzir esse processo.
– Não sei se fico feliz ou triste com essa expectativa – devolveu Lira.
Existe uma compreensão no meio político, acompanhada por Rigotto, de que uma reforma tributária é aprovada no primeiro ano de governo, ou não é mais.
Rigotto também destaca que o momento é raramente privilegiado, com condições políticas favoráveis no Congresso e no Executivo federal.
– Se essa reforma não avançar agora, não sei quando. Nunca tivemos uma situação de preparação, debate anterior, mobilização no Legislativo e Executivo em favor da reforma. Tem de aprovar no primeiro ano (de governo).