Após a decisão do Tribunal de Justiça Desportiva do Rio Grande do Sul (TJD-RS) de tirar os pontos do Atlântico na semifinal do Gauchão de Futsal e punir o Guarany com dois mandos de quadra com portões fechados, o clube de Espumoso deve recorrer. O Índio quer jogar a decisão em frente à sua torcida.
O caso foi julgado na manhã desta quinta-feira (5). Além de ser punido com portões fechados por dois jogos, o Guarany terá de pagar uma multa de R$ 10 mil. O presidente do clube, Deonir Cechele, conhecido como Castelo, voltou a repudiar o caso de injúria racial e também lamentou a punição ao clube de Espumoso.
— A gente não concorda, a gente repudia tudo o que aconteceu, a gente não quer saber disso aí. Mas, enfim, fomos punidos por um ato impensável de uma pessoa só, no meio de mil e trezentas — comentou e complementou:
— Triste também porque eu vou privar o meu torcedor de, quem sabe, nunca mais poder assistir uma final de um campeonato aqui no município.
No entanto, o mandatário do clube afirmou que a intenção é tentar fazer a final contra a Yeesco Futsal com os portões abertos.
— Somos um município pequeno com 16 mil habitantes. O clube tem 70 anos de história e a gente privar o nosso torcedor de assistir a final é uma injustiça. A gente vai buscar o direito que a gente tem — reforçou Castelo.
O presidente ainda analisa como o pedido de efeito suspensivo será feito, mas uma possibilidade que foi ventilada é de cumprir a punição no campeonato de 2025. O caso ainda cabe recurso. Tanto Atlântico, como o Guarany tem até 72 horas para recorrer.
— A gente não queria o que aconteceu. A gente fez de tudo. O Guarany se prontificou e correu atrás para conseguir o nome da pessoa (que insultou o goleiro João Paulo) — enfatizou o presidente.
O torcedor que cometeu a injúria racial foi punido e não poderá comparecer ao ginásio por 720 dias.
Entenda o caso
No jogo de volta da semifinal do Gauchão, que ocorreu no sábado (30), Guarany e Atlântico empatavam em 1 a 1, no primeiro tempo da prorrogação, em Espumoso. Faltando 50 segundos para o intervalo, O goleiro João Paulo, do Atlântico, relatou ter sido chamado de "macaco" por um torcedor do time da casa.
A partida ficou paralisada, os jogadores identificaram o torcedor, que não foi detido na hora. Os atletas do time de Erechim abandonaram a partida em protesto. Agora, o Guarany jogará a final contra a Yeesco Futsal. O primeiro jogo será em Carazinho e a volta em Espumoso.