O Atlântico mostrou-se contrário à punição imposta pelo Tribunal de Justiça Desportiva do Rio Grande do Sul (TJD-RS), que puniu o clube por abandonar a quadra após um caso de injúria racial ser denunciado pelo goleiro João Paulo. O fato ocorreu no sábado (30), em partida contra o Guarany, válida pela semifinal do Gauchão de Futsal.
Na ocasião, o jogo foi interrompido depois que o goleiro João Paulo, do time de Erechim, relatou ter sido chamado de "macaco" por um torcedor que estava no Ginásio Módulo Esportivo, em Espumoso. A equipe optou por sair de quadra e não retornar.
Com isso, a definição do jogo ocorreu no tribunal desportivo, nesta quinta-feira (5).
Tribunal puniu o Atlântico
Após 3h30min de julgamento, ficou definido que o jogo não será retomado e os três pontos da partida irão para o Guarany. A equipe de Espumoso, enquanto isso, foi condenada à multa de R$ 10 mil e mando de dois jogos com portões fechados por causa da atitude do torcedor. O Atlântico, além de perder os pontos em disputa e ser eliminado do Gauchão de Futsal, deverá pagar uma multa de R$ 100.
Em entrevista à GZH, Elton Dalla Vecchia, supervisor de futsal do Atlântico, destacou que o tribunal não pensou no lado humano.
— Respeitamos a decisão, mas não concordamos, pois foi um fato recorrente em Espumoso. E as pessoas ofendidas, ficam como? O criminoso foi punido por 720 dias de frequentar o Ginásio do Guarany, mas pode continuar indo em outros. A nossa indignação não é esportiva e sim social, humana. A revolta é essa — disse o dirigente.
Com a decisão do tribunal, o Guarany está classificado para a final do Gauchão de Futsal e enfrentará a Yeesco na decisão pelo título. Já o Atlântico encerra a temporada neste sábado (7), às 19h, quando enfrenta a ACBF na final da Série Ouro.
