Por Alfredo Fedrizzi, jornalista e consultor
Meu amigo uruguaio Benito Berretta diz que quer “viver muito e morrer rápido”. Como não dá para controlar quando e como vamos morrer, ele tem uma “fórmula”: sun, sleep, seeds, social, stress, soul. Aproveitar o sol, dormir bem, boa alimentação, cuidar da família e dos amigos, estar em paz com a alma e pouco fugir do estresse. Mas como chegar a isso, incluindo prosperidade e constante aprendizado? Difícil, mas uma bela meta a ser buscada.
Vejo cada vez mais pessoas insatisfeitas com seu modo de vida, correria, insegurança, falta de cortesia, gente que só pensa em si, doenças “modernas” aumentando. Na vida pessoal e corporativa, onde há disputa por cargos, falta de transparência e lealdade, tornam o trabalho pouco saudável. Por causa disso, muitos abandonam empresas e carreiras “promissoras”, trocando por ambientes mais prazerosos e com propósitos que tragam benefícios para a sociedade. Mesmo que isso signifique menos (dinheiro). Esses são sintomas de uma sociedade que precisa encontrar internamente um equilíbrio que não está fora do indivíduo. O desafio é promover o equilíbrio pessoal em ambientes desequilibrados. E contagiá-los.
Viver bem depende de uma construção social com o outro, queiramos ou não. Mais a sustentação de nossos valores e princípios, sentimentos e ações. Dependemos de cada um de nós, da nossa disciplina diária de cada um em sustentar seus valores e princípios, sentimentos e ações para que o mundo que nos cerca seja prazeroso e próspero na medida do que construímos. Se usarmos energia efetiva, demonstrarmos nossa vulnerabilidade, reconhecendo estes pontos de forma sincera, poderemos avançar.
Não deixemos de ensinar nossos filhos o quanto é bom e belo viver, através de falas e ações em momentos exigentes, que saibamos criar pessoas fortes emocionalmente dentro de nossas casas, para que possamos esperar que elas encontrem outras pessoas com a mesma qualidade no mundo.
“Construir nossas agendas, incluindo quem mais gostamos, é a forma mais eficaz para que o amanhã seja mais próximo daquilo que um dia sonhamos viver”, diz outro amigo, Rodrigo Bergami, que completa: “Construa em seu interior as forças necessárias para sustentar a convivência com os filhos, amizades, momentos de lazer, conversas sinceras e com propósito. Com isso, poderemos chegar ao dia em que podemos tranquilamente morrer”.