Preocupa, num país em crise e às vésperas de mudança de comando em âmbito federal e estadual, o agravamento da situação que o reajuste nos vencimentos dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) deve provocar. Sancionado pelo presidente da República, o aumento de 16,38% no valor, elevando para R$ 39,2 mil o teto salarial no setor público, provocará um efeito cascata bilionário sobre as finanças de todas as instâncias da federação. O impacto está longe de ser atenuado pela alegada contrapartida da suspensão do pagamento de auxílio-moradia para a magistratura. E é particularmente inquietante para um Estado como o Rio Grande do Sul que, nos cálculos do Tesouro Nacional, já destina nada menos de 69,14% de suas receitas para salários e aposentadorias de servidores.
Opinião da RBS
Fora da realidade
O novo governo gaúcho terá de perseguir atitudes muito mais severas e inéditas sobre as despesas com pessoal se quiser recolocar o Estado na direção do desenvolvimento