As forças armadas israelenses realizaram nas últimas semanas ataques contra dezenas de alvos do Hezbollah. O conflito entre Israel e o grupo extremista, sediado no Líbano, elevou a tensão com o Irã, que apoia a organização e lançou mísseis contra Tel Aviv e Jerusalém na madrugada (horário local) desta terça-feira (1º), conforme informado pelas autoridades de defesa israelenses.
No sábado (28), o exército israelense afirmou que "eliminou" Hassan Nasrallah, chefe e principal rosto do Hezbollah, em um bombardeio realizado no dia anterior, em Beirute. A morte foi confirmada também pelo grupo extremista.
No domingo (29), Israel informou a morte de outras duas figuras de liderança da organização xiita: Nabil Kaouk, apontado como comandante da unidade de segurança interna e membro do conselho executivo do Hezbollah, e Ali Karki, comandante do Hezbollah na fronteira sul do Líbano, que faz divisa com o território israelense.
A morte de Muhammad Hussein Srour, que chefiava uma unidade de drones do grupo, foi anunciada por Israel na quinta-feira (26) e confirmada pelo Hezbollah. Em 24 de setembro, as autoridades israelenses reivindicaram ter matado o especialista em mísseis Ibrahim Muhammad Qahbisi e, no dia 20, Ibrahim Aqil, comandante de uma unidade de elite.
Entre janeiro e julho deste ano, ao menos outros quatro líderes do Hezbolah foram "eliminados", segundo Israel: Wissam al-Tawil, um dos comandantes da unidade de elite, Sami Taleb Abdullah e Mohammed Nasser, chefes de setores do sul, e Fuad Shukr, braço direito de Nasrallah e principal líder militar da organização. Dezenas de combatentes do grupo extremista também teriam morrido nos ataques.