Conselho Regional de Medicina do Rio Grande do Sul (Cremers) vai instaurar uma sindicância para apurar as condutas dos médicos que descumpriram horários do plantão durante atendimento no Serviço de Atendimento de Móvel de Urgência (Samu). O caso, revelado pelo Grupo de Investigação da RBS (GDI), aponta que um grupo de profissionais cumpria carga horária menor do que a exigida, comprometendo o atendimento de ambulância em diversos municípios gaúchos.
O órgão afirmou que as apurações devem começar no máximo até esta terça-feira (29). O presidente, Carlos Sparta, disse que tomou conhecimento dos fatos após a divulgação da reportagem, na noite do último domingo (27).
Na próxima semana, membros do conselho devem ir até o centro de regulação do Estado, onde fica a central do Samu, para fiscalização. O objetivo é averiguar as condições do espaço e coletar possíveis informações que contribuam para o processo.
— Primeiro vamos apurar todos os fatos. Nós acreditamos na imprensa, mas temos que verificar como está a rotina desses médicos e como eles estavam organizados no plantão. Porque, obviamente, o médico não pode sair do plantão sem autorização prévia da sua chefia. Então nós temos que verificar como era essa combinação com a chefia para cumprir a carga horária — aponta Sparta.
A sindicância pode durar até seis meses e ser prorrogada, se necessário, pelo mesmo período. Caso seja comprovada alguma irregularidade, os profissionais envolvidos poderão ter seus registros cassados.
Paralelamente, a Secretaria Estadual da Saúde (SES) diz já ter instaurado uma sindicância interna. Na manhã desta segunda-feira (29) a secretária Arita Bergmann afirmou que pretende instalar câmeras de segurança na sala onde ficam os plantonistas.
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