Ex-chefes de Estado e governo participantes do Grupo Iniciativa Democrática da Espanha e das Américas (IDEA) publicaram neste sábado (21) uma carta condenando o "aumento do terrorismo" na Venezuela.
A declaração conjunta ainda denuncia a invasão armada à sede da embaixada da Argentina em Caracas, capital da Venezuela, onde seis opositores de Nicolás Maduro estão asilados desde março deste ano.
Segundo denúncias, as autoridades venezuelanas cortaram os serviços de água e energia elétrica e impediram a entrada de um caminhão de água potável na residência.
A publicação é assinada por 21 ex-chefes de Estado e governo. Também condena as intervenções diplomáticas da Suíça, que "ao invés de conceder (aos asilados) os salvo-condutos necessários para saírem" do país, teria mediado a entrega de Fernando Martínez Mottola, ex-ministro dos Transportes e Comunicações da Venezuela e um dos seis asilados na embaixada da Argentina.
Grupo pede ação urgente
A falta de insumos e o isolamento dos asilados, que são apoiadores de María Corina Machado, opositora de Maduro, é também citada na carta, assim como o assassinato de mais dois presos políticos pela ditadura de Maduro.
O grupo pede ação urgente da Organização dos Estados Americanos (OEA), da União Europeia e do Tribunal Penal Internacional (TPI) para proteger os direitos humanos e evitar novos abusos.