Faltando uma semana para terminar o mês de julho, o vice-governador do Estado Gabriel Souza disse, nesta quarta-feira (24), que ainda não recebeu informação sobre a entrega das primeiras casas definitivas a famílias atingidas pela enchente. A estimativa era para o final deste mês, conforme anunciado pelo governo federal.
— A informação que nós temos é a compartilhada com a imprensa de que 2 mil casas seriam entregues ainda no mês de julho. Se 2 mil casas forem entregues no mês de julho, em torno de seis a oito mil pessoas vão ter condições de ir para essas suas casas a depender do tamanho das famílias (...) Então nós não sabemos se o governo federal vai entregar de fato em julho ou se vai ser em agosto — relatou.
No dia 9 de julho, em entrevista ao programa Gaúcha Atualidade, da Rádio Gaúcha, o ministro-chefe da Secretaria Extraordinária de Apoio à Reconstrução do Rio Grande do Sul, Paulo Pimenta, projetou para ainda este mês a entrega dos primeiros imóveis adquiridos prontos pelo governo federal e doados a famílias atingidas. Na ocasião, o ministro disse que já havia mais de 4,7 mil imóveis cadastrados para venda no site da Caixa Econômica Federal e que o plano era entregar as primeiras 2 mil casas neste mês.
No entanto, Pimenta ponderou que a questão não dependia apenas da União, porque o cadastro é feito pelas prefeituras, que precisam concluir o registro de todos os imóveis atingidos para estabelecer a hierarquia de prioridade.
Sobre isso, o vice-governador Gabriel Souza disse que oficiou o Ministro das Cidades, Jader Barbalho Filho, pedindo a inclusão, na portaria que regulamenta esse tema, de pessoas que estão em abrigos ou Centros Humanitários de Acolhimento (CHAs) para que tenham a prioridade para receberem as casas definitivas. Atualmente, segundo Souza, esse grupo não faz parte dos prioritários.
— Teremos nos Centros Humanitários de Acolhimento até 2 mil pessoas. Então nós achamos que, como uma das prioridades, entre outras tantas que existem também em famílias com crianças, idosos, portadores de necessidades especiais, mas uma das prioridades deveria ser também essas famílias para poder encaminhá-las rapidamente — salientou.
A reportagem entrou em contato com a Secretaria Extraordinária de Apoio à Reconstrução do Rio Grande do Sul e aguarda retorno sobre como está o plano de entrega das casas. Até agora, não há confirmação se o prazo será atendido ou se serão necessários mais dias para as entregas.
Os imóveis são adquiridos pelo governo federal por meio do Fundo de Arrendamento Residencial (FAR), por valor máximo de R$ 200 mil, e irão contemplar famílias das faixas 1 e 2 do programa Minha Casa Minha Vida que possuem renda bruta de até R$ 4,4 mil.
Podem se cadastrar no programa instituições financeiras com ativos mantidos para venda, construtoras com imóveis em estoque e proprietários de residências novas ou usadas, tanto pessoas físicas como jurídicas.